"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
Monday, June 25, 2012
sou dentro de Instante
desfaleço Adeus de dizer sem boca outras linhas de rasgar. ou bater a porta, regressando a casa, em parte incerta. a estrada de aberto, ou de um frio futuro nas feridas futuras.
saber fere de imediato os olhos. sem luz de saudade. de perder a respiração adormecida, o vibrato dos lábios. ou de flutuar para onde, abandonada. capaz de já desfeita a linha e o manto. de ti não me conheço.
Nascemos da noite. no instante em que brotam aves de Nada. e a vida esquece de acontecer. do presente tenho o teu século de salvar. sou dentro da pedra a onda de ânsias.
escrever sobre a pele
escrever sobre a pele. escrever com as lâminas do silêncio entre dois glaciares e dois vulcões, no meu tórax. escrever e sangrar. escrever aquele texto que terei de comer antes da inteligência fazer Sol absolutamente.
escrever sobre a pele. escrever com os líquidos quentes do corpo que transborda sem linguagem, desde que Viver é sem retorno.
escrever sobre o tórax. primeiro tambor selvagem onde bate o Extremo, onde lavra o Limite.
escrever do tórax para o abdómen. o sopro vem do Fogo, vai para o Fogo: através de mim, o combustível e a atmosfera do Labirinto.
Muita linguagem, muito Labirinto. através.
Thursday, June 21, 2012
unfinished poem with sunbeams
from my pages the impossible sunset implodes. my eyes burn and burn. worse than boiling. worse than oscillating between lips and lips. the flesh inflames the Hour of the blank abyss. let's spend whole days on this verse, and let's roam, and keep roaming upstream till the womb where life and reality disagree. Life has nothing to do with Reality. It speaks other language. Reality cannot understand My substance of Unknown without disembarking from Reality. and the child, the newborn child alone, is this fountain of possible landscapes where effort leads to nothing. For the Whole flows between lips and lips upstream till the womb where like a dream it begins
Life devores Reality, altering the substance of flesh into future. destruction and its aftermath was in the religon of myself before the fall of all young poets. too young and tortured and abandoned. many harps and drums seek the newborn to begin. as if the rain, all the rain and all the seeds and all the springs were awaiting those headaches and purple uncertainties. the rays arrive from the eyes, my silent and obscure faith in everything else. than reality
Wednesday, June 20, 2012
most naked possibility
it rains. history of igneous rocks and locked doors.
a voice biting the tales. about why and who. a thing that cries from within those doors. here. it speaks enigmas to you. this is the latest language of my nameless horses or fires. can I venture to stretch the gift and catastrophe.
bleed before you pause. approach the jaws before you measure the effort. off coast.
Sunday, June 17, 2012
a boca latente
A jangada não conhece o rio: flutua e flui sem conhecimento. também esta noite é um rio que corre de uma ferida para outra, rio faminto de melancolias e de relâmpagos. leio lentamente o regresso ao incêndio das florestas femininas.
A catástrofe do primeiro passo e dos outros que seguem, entre afasia e impasse. O primeiro passo custa como uma página de carne e osso que vem do enigma ofegante. Também custa o primeiro grito que destrói a boca. através. tanto.
Friday, June 1, 2012
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