"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
Friday, December 22, 2023
Thursday, December 21, 2023
Wednesday, December 20, 2023
Péril vital nécessaire : le danger qui coule de source
Tuesday, December 19, 2023
Vie-création-oeuvres: l'art nécessaire et impossible
Monday, December 18, 2023
Writing Bodies while bleeding
Monday, December 11, 2023
o infinito dos mundos possíveis
o infinito dos Mundos Possíveis: esfinge interrogativa
Quem és? Quem cifras-e-decifras?
o infinito dos mundos possíveis é a Parábola essencial
o amor criando-trans-criando o espaço
aprofundando a história
os nexos da vida nua: Amo-Te
Sol-de-Eros expandindo a carne viva: Amo-Te
desde a primeira manhã de África
até aos arquipélagos vulcânicos
nos polos
vibrando recém-nascidos
sob os glaciares dos polos
e também nos poros transpirando ânsias
os poros da Aflição da Origem
minha vida-advindo-de-outra-vida
minha vida-dando-outra-vida
quase-em-pânico nuamente: Amo-Te
desde o Equador até aos Polos
Tanto fogo líquido
criando-trans-criando
a respiração da Urgência maior:
Vento-quente-no-sangue
peito-a-peito
boca-a-boca.
Tuesday, October 17, 2023
Por Fim Ser-Capaz-de-
Por fim Principiar
Ser-Capaz-de-Infinitar-se…
Dom integral de Desejo
Dou-Te para além de
possuir-e-carecer. Dou-Te.
Quero dar-te o meu
poder-de-Desejar-Te
e toda a carência que desconheço e
pressinto
Quero dar-te a minha guitarra voadora
a Inquieta a secreta guitarra
a oculta guitarra que grita e sangra
e…
minha guitarra recém-nascida no Sol e
agora aqui ainda bebé
Capaz-de-Tudo sem palavras somente
fibras
(não sei nunca quanto compreendes do
meu Dom e da Urgência-do-Dom)
Quero dar-te a minha guitarra ainda
bebé
ainda anterior aos Símbolos o Desejo
O poder-original-de-Desejar tocou nos
mares da Lua
e nos anéis de Saturno e no gelo
brilhante de um cometa
mas cada dia começa na essência da
música
começa mergulhando no Sol
(um pranto vem do Sol para o núcleo
do segredo que grita e sangra e…)
Infinitar-se é a pulsação do Dom
integral de Desejo
É fascinante um amor corpo-a-corpo na
Lua ou em Marte
mas mergulhar no Sol é Alfa-sem-Omega
é a verdadeira religião exclamativa
porque um amor corpo-a-corpo na Lua
ou noutro Oceano exprime
uma confiança terrível nas órbitas
heliocêntricas.
Esta noite vamos aterrar no Sol
Vamos na guitarra voadora ainda bebé
tão livre
Desejando corpo-a-corpo a voz da
Mãe-Sol
porque anterior aos Símbolos o Poder-original-de-Desejar
tem
a chave do Sol no sangue sempre a
priori
(respirar é participar no pulmão de
Deus-além-Deus)
(Respirar Futuro Sol Absoluto Agora
Translação Absoluta
um amor corpo-a-corpo nos mares da
Lua e nos anéis de Saturno)
Futuro: É necessário viver o
Infinito-entre-nós
Agora: Compreender a omnipotência íntima
de Eros-Agape-Sol Absolutamente
O Infinito-entre-nós: a omnipotência
de Eros
Eros que vem do Princípio e permanece
na Origem
Eros cria todas as coisas inventa
Beleza-na-Verdade
cria e inventa e sempre mais
surpreende
renovando a Verdade-na-Beleza em cada
criação
Por fim Principiar
Ser-Capaz-de-Perder-se
Amar-por-Amar: Navegar é preciso
perdidamente
(Ariana sabe a Arte-de-Perder-se
sob inquieto céu sob inquieto peito
Outramente viver não é Verdade viva)
É sempre meia-noite e meio-dia aurora
e crepúsculo
em algum mundo possível: Navegar é
preciso nos Mares da Lua
Por Fim: Principiar
Por Fim Principiar
Ser-Capaz-de-Desejar … um
Desejar-além-todos-os-desejos
Ser-Capaz-de-Crer … um Crer-além-todos-os-credos
Ser-Capaz-de-Esperar … um
Esperar-além-todas-as-esperanças
Ser-Capaz-de-Amar … um
Amar-além-todos-os-amores
Por fim Principiar
Ser-Capaz-de-Dar
Eros inventa a respiração subjacente
ao Vazio-de-Poesia
Há sempre talvez um dom-de-mim aqui
Dom integral de Desejo no Sol
Absoluto
Respiração subjacente:
Verdade-Ritmo-Sentido
sob a pele
sob Tudo
Wednesday, September 13, 2023
Becoming homo fabulans: plunging into wild waves of signs
On becoming homo fabulans: on the efficacy of narrative
imagination
On becoming homo fabulans, that is to say, on wounds becoming scars…
The scar appears not when bleeding is absolutely dried, but rather when bleeding is converted into metamorphic matter, the matter worked through by productive imaginings, innovative connections and motions between images, making them approach a new body of language…
1. Trauma: open wound: torn flesh: something in me not me: things past.
(yet past
right here right now).
Is it my mother or my father? Is it one, none, you, me, it? I become it. And the depth of it surfaces and resurfaces. Time-space and all cursive realities are stuck, summing up, fulfilling abnormal geometry. I did nothing. It just happened to me. Or else my deeds were not-me, not-actings of mine, but passions injected by extreme powers, striking from unknown. Deeds merge with events, powers from outside, disjointing, dismembering, disarticulating the body of capable beginnings. Me is thus magnitude of sufferings, no longer home of origin. Estrangement and alteration happen to me, abound in me, rule over me, without a proper line interweaving a sense of beginning and a sense of ending, and a sense of flowing in between. Estrangement and alteration because there is no shared sense of navigation, no common sea, whose tempests would be nothing but life-expanding, life-nourishing, peripateia to be named and storied, and eventually celebrated with all, brothers, and demonstrated to all, brothers, and reenacted with dance, all night long, as in the Origin.
No name names thee. It. It blows up. It happens. It encompasses all there is. The time-space and all cursive realities stop and become heavier. It is full of it. Violence of not-me—on, against, through, me. Flesh surrenders and opens up. It bleeds, without flowing. It is stuck: there is a blockade in the threshold: liminal hotspot. I am the closure where it repeats itself, reinforcing its law of intensity, its empire of intensity in myself—on me, against me, through me.
3. Trauma: open wound: torn flesh: something in me not me: It.
This suffering is without Origin, sheer power of anarchy. The organizing force of my aboriginal place and aboriginal cycles vanishes; other gravity, unknown to me, operates. On, against, through me. It makes unreason, non-sense: the voice and the body implode, ground down. They plunge into muteness and paralysis. Or else they explode like unbounded, raw, high-pitch, vowels, too far away from language, sheer yelling, without Origin. Both muteness and yelling signify my dismembrance and my bodily self-deixis without signs. For articulacy requires the most impossible labor, a body capable of being held and gathered.
4. Trauma: open wound: torn flesh: something in me not me, biting too much.
5. Trauma: open wound: torn flesh: the soft tissue between my skin’s surface and my bones, the unified flesh, is torn, deeply, by an intensive magnitude that disrupts the very system of sensibility and sense. It is too much, a critical upper threshold of affective capacity is crossed and at once the boundaries of intelligibility are traversed as well. No sense makes text, nor fluxion, home of nexus. The texture is broken, dismembered. It blows up: discrete qualia and discrete forces, strokes or blasts, within without, yet unknown to me.
Are
these ciphers? Are these scriptures? Are these language events? Or else the
vehement material embeddedness of my
suffering myself? Or trembling fingers approaching and avoiding the open wound?
Or silence, within without?
6. Trauma: open wound: torn flesh: something in me not me: It.
My
body does not forget the frozen gestures and postures. My apraxic body can be
saved only through touching, as if something in me and not-me were writing on
the flesh … and reading on the flesh putting their fingers on scars that
re-open and re-close always otherwise, meaning other than being, meaning possible
worlds, re-membering the dismembered body of mine. This is too much: the labor
of blind people, writing and reading with their fingers … acts of imagining
otherwise than being… through extreme joint ventures: we are the nexus of
possible Alphabet, yet unknown, within without absolutes. We work together this
matter, we—sympraxis, we suffer together, we—sympathos, till the recognition of
our uneasy flesh with fever of remembrance and blood so warm on the face, like
flashes of absolute light, within without, We—anagnorises, through catastrophes
of unlearning my river, till the climax of blindness…
7. Trauma: open wound: torn flesh: something in me not me: It dances more than gods and their nudity. The mythos produces what it signifies, within without, we—sympoiesis: the alphabet opens my possible flames. It carries the joyful rite of imagining possible gestures, my selves, and their iteration with you: gestures that gather themselves together, gestures that hold and caress and sustain my sufferings with you, my doings with you. The Origin gravitates around the gesture where my body becomes capable of dancing.
Post-Scriptum: Be
hospitable to bleeding wounds and welcome scars. For they can be angels in
disguise. Angels speaking over torn flesh, moving towards language, almost
capable of being a dancing body, together.
Tuesday, September 12, 2023
Novissimae Questiones
Thursday, August 24, 2023
ainda inquietude
Enquanto anoitece o sol mergulha mais fundo entrando nos canais e nas veias e nos quartos e nas páginas mais íntimas, por exemplo na evidência do vazio vibrante onde respiramos boca-a-boca inflamáveis
Os canais e as veias onde navegamos enquanto obscurece suspendem o Oriente da Paz geram outros líquidos vivos outros textos líquidos e bebemos e confiamos e esperamos porque desejamos sem perguntar mais porquê
Enquanto anoitece o sol escorre mais longe espalhando o húmus das páginas mais íntimas pelas areias mais ardentes
Hoje somos a estação de maior sol soprando o Amor do Perigo o Amor capaz das infinitações incríveis
Desejo mais vento quente amanhã desejo mais pólen quente amanhã desejo mais solar paisagem no sangue das dúvidas no eco do sangue
A atmosfera queima os pulmões abertos entre várias luas cheias onde face-a-face tocamos em memória advindo
Wednesday, August 23, 2023
inquietude - uma Palavra sem data
amo-te mais do que a vida inquietamente mais do que a vida mais inquieta
mais do que inquietamente mesmo quando tudo adormece nas águas calmas da noite-meia-noite
escrevo a inquietude de verdade creio neste Livro que flui olhos-nos-olhos para o Sol
absolutamente creio ignorando escrevo ignorando desejo ignorando a data futura
a hora futura de nascimento desta Palavra gerando este corpo onde inquietamente
a primeira mão toca no polo sul da lua
Monday, March 13, 2023
Onde vais, voz da Narradora?
Ouvi meio segredo sobre os projetos de vida de uma adolescente muito promissora para as Artes do Apocalipse... Ouvi outro meio segredo sobre uma guerra entre irmãos por causa de uma terra queimada em tempos de embriaguez...
Frações de segredos em viagem acontecem no coração-músculo do rio.
A voz da Narradora tinha ondulação impossível de navegar: como se cada frase fosse uma queimadura de metáfora ou uma tatuagem com o nome de um mito futuro. Qual a passagem entre as metáforas que ardem e as histórias que acalmam? A voz da Narradora?