"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
Tuesday, June 30, 2009
If I were not
If I were not You.
I could long not crave not hunger not.
I could not drink but sheer cliffs within
and carbonic gas without.
If I were not You, I could have gone nightly. Rather away than towards. And many times the same concept works differently because there is the dynamics of the flesh. And again the grammar escapes when it rains. So, there is the temptation of being not You, of my being not You. If makes riverbeds for temptations. Quite the contrary, though, if I were not the concept what-time-explodes-and-bleeds. Do you breastfeed my early clouds, even if...? You cannot say. Right away, rather than away simply away. As a possibility I look forward to transforming my strength into just a second of wind over you.
Friday, June 26, 2009
Morada e Caminho
Habitar no dorso de cavalos, tigres, andorinhas, luas novas...
Habitar nas órbitas - dos olhos, dos astros, dos seios...
Acordei cedo para ver de frente uma ausência nas pedras do meu chão. Distingo as nuvens da manhã das nuvens da tarde, sobre as minhas dúvidas de emergências e de explosões. Adivinho a hora do sismo na minha respiração insegura. Na iminência sempre. Como quando me vi entre Eros e Nada. Um clarão instantâneo de silêncio, cristal.
Como quando se vai por nenhum caminho para nenhum destino. Um clarão que faz cair os cavalos, os tigres, as andorinhas, as luas novas, no meio do corpo, que se desfaz e refaz, mais jovem e oceânico, entre Beijar e Morrer.
Thursday, June 11, 2009
"my water"
What do we mean when we say "we"?
Where do we plunge into when we say "we"?
She believed not. Hand in hand not. With some green dust of leaves and kisses not.
Only her shadow through some veils. Disclosing just one layer of thin air. Opening internal horizons - though. I confess. My aim is to deepen the silence of the youngest gods on contradictions. My chest aches virtually. I am writing the introduction while she harbors rare suns. The rarest suns.
There will be a book of green kisses. Slightly sour and misunderstood.
She had laws. I had not. Only young contradictions. As mechanical as old alarm-clocks. Exploding randomly through her skin. Calling kisses into question. Even the specter of it. Misunderstood. And the weather was nothing but a text with her handwriting. All her signs in it. And the time forces growing like young horses. That's why those blades of grass on her veils were speaking of intrinsic motions. They produce eachother like my dense hours of sand. In front of my windy idea of caressing a magnolia and flying. Beyond the possibility of lifeless mountains. Beyond the dilemma of embarking now or not, of holding my breath or not. The white foam draws in from the chest that was aching. Still to be or not. Whispers.
Wednesday, June 10, 2009
Daniel e Babilónia
Daniel compreende o deserto. Diz que o coração é a terra mais árida e que o arbusto plantado no quadrado mais árido do coração anuncia a Voz Daquele Que Chama no Deserto, para além do deserto:
"Sei o que é renascer pelas águas."
A poesia com que vivo vem toda de Babilónia.
Acredito que a poesia, que se funde com o meu sangue e com o meu sangrar, é a linguagem dos ventos de deserto. Babilónia é a cidade-cativeiro que fica no peito do deserto. Sei que há muita Babilónia nos músculos do coração. Não sei mais nada de sensível. Falha-me a língua e o corpo todo para atravessar a pedra e tocar-te. A minha noite tem canais para outras noites onde o fogo nunca se acalma nem se resolve. O meu chão fermenta na palma dos pés. A escada do coração sobe segundo o ritmo das luas, enquanto os leões ponderam os seus desejos ardentes de viagem. Gritarei melhor com a boca colada à tua pele. Compreendes por que estudo as estrelas e as vogais?
Tuesday, June 9, 2009
O vermelho das veias
Desejo a hora do fogo nas veias
Concentro toda a minha vida no desejo da hora do fogo
Um fogo vermelho a circular pelas veias
embarcamos nele sem a metamorfose das palavras em cinzas
Confunde-se com sangue mas é outra essência
uma essência de vento ou de sopro que há no vermelho do sangue
Desejo a Hora do Fogo como minha Origem
a hora do vento unindo o coração ao útero
eu seria a hora do desejo
o útero em chamas de tudo
tudo o que grita no deserto
Concentro toda a minha vida no desejo da hora do fogo
Um fogo vermelho a circular pelas veias
embarcamos nele sem a metamorfose das palavras em cinzas
Confunde-se com sangue mas é outra essência
uma essência de vento ou de sopro que há no vermelho do sangue
Desejo a Hora do Fogo como minha Origem
a hora do vento unindo o coração ao útero
eu seria a hora do desejo
o útero em chamas de tudo
tudo o que grita no deserto
Monday, June 8, 2009
L'évasion sceptique
Il y a ou y aura
Il pleut ou pleuvra
Il fait nuit ou fera
Tellement
Ici
autour de ma bouche inachevée
Après tant de sens sans espace
Je te prie encore d'être une main capable
Après tant de sens sans espace
Je te prie encore d'être une main capable
de contre-courants ou de combats
silencieux. Entièrement, encore. S'il se peut ou pas.
Depuis la parole extrême jusqu'au paradoxe, ta poitrine
mi-brûlée mi-brûlante, je te prie encore.
Plusieurs océans
Plusieurs océans
entre-temps
s'apaisent ou s'apaiseront ou pas.
Sunday, June 7, 2009
Angst: 70X7
no more timeless springs of Yours
only salty sands on bodies of Mine
None
No more waters
desert imaginings instead
desert unearthings of light
if not waves under waves
lonely waves alone
of fire
only salty sands on bodies of Mine
None
No more waters
desert imaginings instead
desert unearthings of light
if not waves under waves
lonely waves alone
of fire
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