"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
Saturday, August 29, 2009
A força de ser
Voar
De dentro das aves marinhas
onde nascem os ventos e as rochas
num instante de espuma
onde espero Nada
senão um oceano de cavalos livres
de dentro do sangue
onde as forças
num instante
fazem ventos e rochas
num instante de Nada
onde espero espuma
de dentro de Voar
Sunday, August 23, 2009
A era da pele
Friday, August 21, 2009
Os dedos na ferida
Os dedos podem ferir ou sarar o sol frágil dos afectos, dependendo da pressão e do movimento.
Muito cedo, descobrimos uma ferida no centro da nossa montanha, uma ferida que não sara. Mais tarde, compreendemos que não é uma ferida, mas uma passagem e que as passagens não sangram nem cicatrizam.
As passagens mostram o vazio necessário para a explosão das fontes novas.
Coloco, portanto, os dedos na minha ideia inquietante de estar mortalmente ferido e a exactidão do contacto abre o silêncio oceânico que há no centro do corpo e no cimo das nossas montanhas íntimas.
Muito cedo, descobrimos uma ferida no centro da nossa montanha, uma ferida que não sara. Mais tarde, compreendemos que não é uma ferida, mas uma passagem e que as passagens não sangram nem cicatrizam.
As passagens mostram o vazio necessário para a explosão das fontes novas.
Coloco, portanto, os dedos na minha ideia inquietante de estar mortalmente ferido e a exactidão do contacto abre o silêncio oceânico que há no centro do corpo e no cimo das nossas montanhas íntimas.
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