"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
Thursday, July 29, 2010
On Fugue States
One possibility will become Necessity
Self-Necessity
which possibilitates other becomings
This is how an Opening blows a Fugue State
and changes my geography
Wednesday, July 28, 2010
Mais mais aves
As aves mais bebem mais mais aqui o excessivo desejo de Desejo
Há sinais tácteis Onde Quando a pele nunca esquece
As aves chegaram para nidificar. Absolutamente.
À flor e no fundo da pele de muitos estratos como textos sempre novos sobre outros textos sempre novos de tantas aves a beber a chegar à pele que nunca esquece Onde Quando.
A memória repete repete sinais tácteis intocáveis. Plenamente intocáveis.
A origem regressa, por fim. Regressa ao corpo como uma certeza que se tinha perdido entre o Outono e o Inverno nas minhas veias mais marítimas
Regressa, por fim, a origem ao corpo Onde Quando as borboletas agridoces - que dançam e mordem - se apagam por dentro do fim da queda das pétalas da rosa mais aves mais sinais de Oriente.
O regresso é uma rotação inexacta como a ideia de infinito que me pensa sem linguagem
é uma elipse entre o vazio que desce e a chama que sobe
A origem toca na língua como sal muito nu. Absolutamente nu.
Mais do que aves à flor e no fundo da tua pele Onde.
O sal da origem é a nudez que me altera o sabor de ser eu o futuro
uns olhos soltos de uma história que bebe bebe todo o eu potável
bebe o desejo de Desejo com a sua gramática de animais selvagens
possibilidade de uma história, por fim, abrindo o centro
Mais Aves
As aves bebem aqui o meu desejo e o inteiro Desejo de ninguém
Bebem e deixam algumas gotas como fermento
para o crescimento de outras árvores que vêm de Oriente
do grande Verão de Amar-Te
(Digamos assim abstractamente que os olhos são agridoces como as fibras essenciais do meu êxtase descontínuo: êxtase - hiato - êxtase --- mar - terra - mar --- corpo - vazio - corpo)
(Digamos o enigma que faz diferir os sentidos: Quantas palavras dizes sem respirar? Quantas palavras ligas de uma só boca? Quantas palavras vêm sem cortar uma veia? Responde vagamente: poucas.)
Eu procuro ainda a palavra de fogo
a palavra da metamorfose, a palavra capaz de atravessar as formas
transmutação do ar em cristal, do cristal em lava, da lava em vapor
As aves bebem mais aves bebem aqui o Desejo. Absolutamente.
Pois o tempo vem todo do futuro. E toda a vinda é um vértice no corpo.
As aves vêm à tona da tua pele antes da linguagem amanhecer
aqui as aves encontram-me nas horas dos vértices no corpo de cantar
a ideia de infinito pensa-me sem linguagem agridoce
também o sol sem linguagem queima a borboleta
uma borboleta que dança e morde
Há sinais tácteis para o que não pode ser dito no instante
As aves
As aves bebem aqui - embriagam-se talvez, afogam-se talvez - reversíveis nos seus ciclos da sede como as luas
As aves que bebem aqui são o excessivo desejo de Desejo: a matriz de todo o eu potável
Todas alcoólicas as aves desejam mais do que asas e bebem mais do que todo o eu potável
As aves bebem o Desejo onde o desejante se deseja desejante
ciclos da sede com as luas - repito-me repete-me antes que as feridas falem
As aves bebem aqui
o meu desejo
fazem círculos entre Desejar e Desejar
e crescem até aos ramos superiores de toda a fala das feridas potáveis
("aqui" - faço uma cruz com o sopro dos meus dedos para não esqueceres Onde
toca aqui com o sopro dos teus dedos, pois tocar nunca esquece o seu ser tocado
queria também que beijasses aqui como se fosse uma ferida que só o lento beijo cura)
As aves que bebem aqui são o excessivo desejo de Desejo: a matriz de todo o eu potável
Todas alcoólicas as aves desejam mais do que asas e bebem mais do que todo o eu potável
As aves bebem o Desejo onde o desejante se deseja desejante
ciclos da sede com as luas - repito-me repete-me antes que as feridas falem
As aves bebem aqui
o meu desejo
fazem círculos entre Desejar e Desejar
e crescem até aos ramos superiores de toda a fala das feridas potáveis
("aqui" - faço uma cruz com o sopro dos meus dedos para não esqueceres Onde
toca aqui com o sopro dos teus dedos, pois tocar nunca esquece o seu ser tocado
queria também que beijasses aqui como se fosse uma ferida que só o lento beijo cura)
Le crépuscule du tournesol
Caminhos
O Grande Parque de Diversões é como o Dicionário: tem muitos caminhos, mas poucos rumos com desfechos singulares.
Por regra e por excepção, tudo está salvo. quase sempre por absoluta necessidade imanente aos músculos vivos.
Quem seguir pela voz A... irá ao Inferno, mas depois de passar a montanha das neves eternas.
Quem seguir pela voz B... irá ao Inferno, mas depois de passar o jardim dos enganos.
Quem seguir pela voz C... irá ao Inferno, mas depois de passar o carrossel dos imóveis.
Portanto, muitas são as portas dos Infernos, mas todos os Infernos terminam cedo... na Ilha dos Amores.
Optimismo metafísico para evitar desidratação durante o sono.
Por regra e por excepção, tudo está salvo. quase sempre por absoluta necessidade imanente aos músculos vivos.
Quem seguir pela voz A... irá ao Inferno, mas depois de passar a montanha das neves eternas.
Quem seguir pela voz B... irá ao Inferno, mas depois de passar o jardim dos enganos.
Quem seguir pela voz C... irá ao Inferno, mas depois de passar o carrossel dos imóveis.
Portanto, muitas são as portas dos Infernos, mas todos os Infernos terminam cedo... na Ilha dos Amores.
Optimismo metafísico para evitar desidratação durante o sono.
Tuesday, July 27, 2010
Ainda
Menina: Estória
(Amar-me e amar-te sem contradição. Excede-me. Permaneço imóvel
diante dos verbos do impossível. Até que talvez descubramos que.
Que nada nunca ninguém. Nos. Poderá. Extinguir.)
(Temos fome temos sede temos frio: não temos nada.
Não há explicação para tanta carência. Hesito sobre a verdade do caos.)
(A minha fome seria hoje um incêndio final numa página em branco
como uma boca afónica aberta sobre o silêncio que deveria ser grito.
Uma linha de água de saliva de sangue. Três linhas exactamente. Dentro e fora. Fazem tanto.)
(Menina virgem me arrancaram de casa de meus pais para este Naufrágio!
Qual fosse então a causa desse arrancamento eram infinitas não sei dizer uma. Hoje não lhe ponho outra causa nem outra Origem funda
senão o Desejo feroz de…)
(Talvez fosse também um ódio subtil de mim
ódio da minha virgindade que exprimia a essência voraz
da minha peregrinação invertida.)
(Pudesse ao menos a minha promessa de um texto absurdo trazer consigo
um acréscimo de fogo sem cinza para o rio infinito do Desejo.
Nem todos os rios são navegáveis muitos têm mais margens do que águas.
Aí crescem pedras árvores e cabelos de mulheres. Do seu crescimento
exala um silêncio denso soprando o perfume vivo das viagens
em círculos inacabados de. Intensamente. Descompreender-me.)
Sublinho-Te
Sublinho-Te para te amar melhor.
Também um rio corre nesta cidade Amor.
Neste rio, cantam todos os rios das cidades Onde.
E dos rios Por-Onde-Até
A respiração queima levemente a tua língua
e a epiderme do universo aquece globalmente. Desde as mãos.
Os olhos incendiados e líquidos das mãos avançam até à sombra.
Fazem e desfazem os fios de luz de sublinhar-Te.
Por Fim chegamos à Origem: por Fim começamos.
A pele profunda intangível: as veias gritam abertas.
Os tecidos musculares dizem Sol
Tuesday, July 13, 2010
Histórias
Era um poeta muito libidinoso.
Aos oitenta anos, interrogava-se ainda sobre o mistério do "abdómen das adolescentes" que tanto lhe ardia em cada expiração...
Aos oitenta anos, interrogava-se ainda sobre o mistério do "abdómen das adolescentes" que tanto lhe ardia em cada expiração...
Reflexologia básica
A quasi-law of motion...
The trajectory of our escaping tends to coincide to the strongest collision...
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