"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
Thursday, October 28, 2010
the body in pieces
Tuesday, October 26, 2010
meditation on petals
Monday, October 25, 2010
mulher
Subitamente o vazio da cadeira atravessou a mulher que esperava outro universo onde pudesse sentar-se um instante e partir... com ninguém... muito quente nas margens...
um luar de sempre batia como passos pelo mistério rochoso de um amor que desenhava montanhas... cada manhã é outro lugar para os lábios que plantam árvores que cairão no mesmo dia... pergunto-me: Onde cairei? em que rio ou rosa ou laço? com que corpo, se o meu já não é inteiro?
com corpo nenhum. cairei melhor. apenas um vento que vou escrever no tecido de um órgão vital
Artérias do Tronco
imagino o teu corpo como um luar ao meio-dia
fervem de nada as extremidades as palmas das mãos e dos pés
concentro-me na fábula do teu tronco a nudez ascendente medito-me longe
agito-me de nada e coloco o vácuo na intensidade exacta do mistério
desobedeço ao contraditório e faço pão do meu pó de imaginar-te
sem atmosfera
adormeço com a ideia de abismo de infinito de músculo antes do excesso de nada ou desintegração em minério e seus ciclos sublunares entre a queda e o voo cortante
o sonho traz as fibras e as redes que fazem e desfazem a imaginação de um corpo inteiro o interminável
teu tronco o iluminado de artérias centrais como sistemas solares em sonhos comigo
um luar de meio-dia uma chave de luz e sombra um princípio parado de perfume do melhor silêncio que abre o universo para a porta de algo de talvez uma história
página sim página não entre escrever e perder a fala ou a boca ou os membros que comunicam
caí de descer sem beijo até às margens da água da tarde arrefecendo os meus dedos numa outra chuva que virá donde vem a vida com seus animais ávidos de compreender o princípio
a memória é um símbolo de desejos carentes de sol
as artérias do tronco seriam navegáveis se tivessem um cais
nos meus mapas de ti também encontro a linha do mito que ensina a linguagem do incêndio
na infância futura saberá a minha pele hesitante levantar o segredo das horas e dos símbolos
começa a vida a devorar seus mistérios seus troncos femininos universais
aprenderei a desejar o vácuo onde só os sonhos são sempre maiores que o sonhador
a minha circunferência tem uma serpente invisível a desenhar o seu desenhador
que aprende a rir nos trópicos de nada nas florestas livres que correm nas artérias
no princípio será sempre o inatingível
Sunday, October 17, 2010
Le centre du corps n'est pas une Page
when we climb an Imaginary Nude
desire redeems our mutism where
metaphors may fill central veins
desire redeems our mutism where
metaphors may fill central veins
the Mistery of the broken Nude
Despair is a common dream with and without ecstasy
I have no solution before the pines
The Moon lacks blind passion
I have no solution before the pines
The Moon lacks blind passion
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