Diz-me se vens arder hoje
Onde a Origem renova todas as coisas:
mergulhar noutra lua que tem Verdade de Não-Saber,
apenas lábios possíveis em todos os sentidos.
Nos mares lunares tudo concorda com o Princípio Desejante. Também o tecido dos lábios tem nexos
de não-saber-dizer-o-nome-nem-o-verbo que separa
o corpo do fogo.
A menina, anterior a Eva e a serpente, vem aqui despir-se e banhar-se de Luas Novas. A menina é a Memória do sol e das chuvas nas melhores sementes que caem em Eros-Humus.
Mais funda do que os primeiros nexos de sentir e perder os sentidos indefinidamente, a menina espera outra linguagem, outra boca, maior do que Trevas.
a menina navega nas ondas lunares com desejo diuturno de Outra ondulação. a menina transforma-se em nave e em mar e em cratera lunar e em símbolo noturno de essência faminta.
Devora-me se podes.
Devora a minha urgência transformante de Tudo em Nada. Ser-e-não-ser-toda o Desejo em atmosfera inflamável.
Respira-me o ar inteiro até Nada, apenas vapor de pele, ao ritmo das marés lunares.
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