a infância do Amor sobe às árvores
o Amor é o Espaço-Onde-Semear
o vento ama as árvores e a música das árvores
o vento sopra na infância do Amor
três corpos de vento sopram no Amor
o corpo carente
o corpo expectante
o corpo desejante
Espero as paixões do vento soprar nos três corpos
nas minhas árvores voadoras no arco-íris de outono
o vento sopra mais do que música
sopra a Vida abrindo o Voo
lançando a ânsia das asas
mergulhando nas paixões do Vento
mergulhando no Espaço-Onde-Semear
através de vertigem e através de apneia
mergulhando nas paixões do Vento
até que a matéria do corpo seja matéria de Sol
as árvores sobem até ao clímax da Lua Nova
(a obscuridade da Lua Nova é um silêncio que sopra
mais do que música: sinal de carecer e esperar
face-a-face)
(a obscuridade interroga a carência e a esperança:
Resistem os teus pulmões diante da Incógnita?)
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