O fio de Ariane liga todo o corpo ao espaço, todo o corpo ao movimento, todo o corpo à Possibilidade.
Na vertigem do labirinto, no perigo do monstro e na angústia do confinamento, o fio de Ariane explode Sol no centro do labirinto.
O fio de Ariane liga todo o corpo ao espaço livre.
O mundo pode acabar a qualquer instante.
Uma semente pode começar a qualquer instante.
O fio de Ariane liga o corpo às Possibilidades,
capazes de Incógnitas, a qualquer instante.
O fio de Ariane é um silêncio que beija a Origem de Cantar, boca-a-boca.
Cada silêncio toca no chão e no corpo: na unidade corrente do fio de Ariane, capaz de desenhar a Palavra que abre outra Origem, boca-a-boca.
Na iminência do Fim do Mundo, a qualquer instante, devemos Cantar,
porque o Canto é o beijo mais profundo, mais Capaz de ligar Tudo ao Sol.
(Também na fúria do monstro no centro do labirinto pode adormecer e sonhar e nascer Outra Força, um pranto primaveril para compreender o milagre das sementes. Também o beijo do Canto mais Capaz pode ligar o Monstro ao Sol, desligando a Fúria do sangue na terra.)
No comments:
Post a Comment