Quebramos pedras, depois de quebrar o coração.
Acontece, pela mesma espada da fratura e da aliança.
Depois, semeamos na neve uma margarida futura, uma memória de guerra anterior a nós, um amor louco à espera da Hora. O vulcão nasceu dentro da montanha da alma, desde o princípio.
Agora. Sempre. Sopra neve até ao deserto. Deus arrefece infinitamente na idade do gelo, na montanha do mistério, o meu mistério de carne carnívora.
Derretemos o ferro da espada na carne das mãos, dos lábios, dos
olhos. Começamos as órbitas e o seu grito ou canto ou somente elipse, entre
dois sóis ou dois seios, para beijar, absolutamente beijar e absolutamente beber
para que sejamos um tudo de nada.
Mais.
Ebulição.
Uma mulher
dentro de Deus duvida do Possível, essa força, esse desejo de nascer, entre o útero e a espuma de nada, um tudo de nada que
sangra, segundo as luas, sobre a terra.
Mais. Ebulição para beijar e beber. corpo-a-corpo.
Acontece-me ser órbitas que sangram em ebulição para o Possível, ser mãe.
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