o enigma floresce no jardim
as mãos do enigma crescem nas árvores
o peito do enigma faz uma Aliança Connosco
tu chegas aqui à unidade e ao receio da unidade
vens por dentro desta vegetação
e transpiras novamente
tão novo o Tempo
o enigma sopra a brisa que vibra nas folhas do jardim
escreves um relâmpago na rocha
em nome da Evidência e da Ignorância
em nome da Fúria Apaixonada de Agora
em nome de todas as mãos do enigma
as mãos que ardem e ardem e ardem
novamente
tão novo o Tempo
nos lábios
a Transpiração de toda a Superfície da Vida
novamente
desde a rocha
como se Enigma fosse sentir o Cântico Novo do Feminino
Desejamos acreditar que Tudo é fruto e caminho
todo o Kaos e Kosmos é o mesmo ciclo
de rosas brancas e vermelhas
que nascem e nascem e nascem
novamente
tão novo o Tempo
nos lábios
Desejamos uma combustão no sangue de Tudo
Desejamos Cantar o Cântico Novo
no rumo do Relâmpago
novamente
o Enigma tem o Idioma Feminino da Criação
os sinais do Enigma sobem livremente
até acontecer a tua voz e a tua língua
na minha voz e na minha língua
até acontecer aquela temperatura na boca
Meio-Dia no Vertical Desejo de Liberdade
Esperança de Contacto novamente
no rumo do Relâmpago
a vitalidade da chuva longa
a inundação do Tempo
até o corpo ser um sinal de paz dentro da noite mais líquida
para amar a Desordem sísmica do Idioma Feminino
um desafio um perigo uma natação
uma verdade ofegante
novamente
tão novo o pulmão do Tempo
o peito do enigma
no rumo do Relâmpago
as mãos navegam e buscam
o Corpo Mais Oriental