Sofia nasce no Vazio onde a Construção da palavra encarnada é sempre outro Infinito sem nome nem verbo nem imagem, somente a energia do coração e da saliva que se consome quando se beija longamente o fogo boca-a-boca
Sofia tem a pobreza sublime da liberdade
Ela transporta consigo somente o que se pode colar ao corpo quando se sobrevive à tempestade quase-mortal e à linha da frente na guerra
Ela permanece em viagem, corpo-a-corpo com o mundo,
natação nua do amor cósmico e da gratidão cósmica
Ama tanto o sol e o oceano como o próprio coração que saiu do seu corpo e anda pela Luz e Treva Exterior com alegria de menino livre, sempre ainda criança, sempre ainda beleza e milagre recém-nascido, um filho divino que lhe aconteceu sem saber querer, muito para além de querer-e-não-querer
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