Nas celas da Tirania, há camas metálicas elétricas e corpos nus amarrados, em metamorfose lancinante para queimadura integral, através de confissões mais vastas do que o Proibido
Nas insónias da Tortura, o Amor da Liberdade treme nas cinzas vulcânicas do coração quase extinto, quase morto, quase Nada
(Toda a tua vida é uma confusão e um erro: termina tudo, porque tudo é Cadáver)
a nas feridas acontece um terror dinâmico: acontece o Sublime interior
... e a Eternidade da Vida trabalha mais funda do que a eletricidade carnívora
... e a Esperança da Vida devora o absurdo metálico dentro da carne dilacerada
... e a Ternura da Maternidade verifica a violência e grita e lavra a terra bélica com o útero aberto
Há um túnel no Inferno por onde, durante séculos, foge a Verdade através de perigos até à salvação, in extremis, ofegante, atingindo com os sentidos, ligados por dentro aos ritmos solares e lunares, o equador interior da paz humana, o horizonte oriental humano, o Oriente do Oriente, respirando, peito sobre peito

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