Entre as espadas do silêncio
e as harpas do Espanto
minha boca Deseja
o súbito pranto
do Princípio
Uma canção respira
ainda nos pássaros
outras fontes outras chamas
últimas
uma garganta
quebrada
desespera
de extremos confusos
nas minhas fábulas
Aqui
ainda uma Canção planta sol nos mares subterrâneos.
Cintilância. Onde.
Espero naufragar. livre silvestre nua.
à hora da voz queimar a pele
de amar e gritar
para escrever
o Omega ferido.
Acontece Alfabeto no tormento. Espero ainda Canção. somente o corpo o sol poente.
Se vens do perigo para o meu braço noturno. desvela Nada. o meu braço tem âncora de cinza.
a impossível carícia que acaba na água e na onda. todas as naus do mundo sou eu. Deus erra-me.
o meu braço que tacteia elegias nos lábios morrentes. os lábios desaguam no chão contrário. Sinto.
jovens cavalos da memória. Uma Canção ainda sangra no Poente. Espero-Te Princípio sangrando
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