Eros, Arte da Invenção.
Encontra sempre Excesso sem
procura.
O corpo não esquece o mapa e a
melodia que perfura o mapa. Estória de génese: veio a tarde, a noite, a manhã,
as órbitas. a estrela de alva toca silêncio de harpa. O sabor da aurora sobre o
labirinto. Ardem sempre palavras de ninguém-alguém-Tu longamente após tanto
bater. As portas caem, as pétalas salvam Livros dentro. As escadas demoram as
arestas de não-compreender como se círculos sempre repetissem o bailado de
chamas, sem donde, sem para onde. Somente translação. Podemos ainda morrer de
sede e de tudo junto à Nascente. Faz sentido o círculo polar mais fundo e mais
longe e mais transparente do que meus olhos recém-nascidos. Aqui, somos as
raras mulheres guerreiras, sagitárias, oceânicas, eólicas, ígneas, navegantes
aladas como bandos migratórios do terrível Grito onde recomeça outro Sopro,
outro Lábio, prometendo. O Grito agita o sangue. Acontece ferir. O corpo não
esquece a inclinação do sol nas mãos ou asas que perduram e ardem, além-trevas-interiores.
Luz-contra-luz,
dicção-contra-dicção, desaprendo a febre de perdurar.
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