quase no polo sul do fogo e do gelo
uma canção desesperada procura seu Oriente
a infinita dor dos lábios canta o Silêncio do Extremoa infinita dor do desespero dos poemas de amor é sempre
a linguagem mais bruta: Silêncio do Extremo
sobre o desespero dos poemas de amor todos os lobos uivam de loucura
e Alegria
e Confusão
sobre o desespero dos poemas de amor: sensação corporal de princípio e de fim
sensação de enigma no corpo-e-terra
alteração em todas as fibras
desespero-na-canção
poema de carne e estrela e pó
sobre o desespero dos poemas de amor: as cordas tensas
as cordas das harpas e das cítaras e dos barcos e das armas
as cordas gritam e ecoam...
meu corpo-e-terra na língua toca nos extremos: a falésia mais alta e o colapso mais fundo e o medo mais mortal
a infinita dor: infinitos animais selvagens mordendo dentro de todas as fibras feridas
minhas fibras de carne e estrela e pó aquecendo no ácido do desespero dos poemas de amor
aqui bebo a canção desesperada desde o silêncio antes do Primeiro Poema: Silêncio boca-a-boca
aqui antes da literatura, começa o sangue ofegante do êxtase derramado boca-a-boca
2 comments:
Uau
Fogo e gelo, dor e silêncio, alegria e confusão, todos entrelaçados na experiência humana do amor e do desespero. Uau! Parabéns!!
Post a Comment