Creio e Espero encontrar em cada instante de viagem
o Caminho-Lugar onde o Sentido respira
mais lentamente mais profundamente
o indefinido Desejo: sempre Alguém
olhos-nos-olhos sempre no Princípio
onde o Sentido principiante respira
Aqui poderia ser a Origem do Mundo e da Terra abertos
olhos-nos-olhos amantes de tudo em viagem
(Creio e Espero ser capaz de amar-te, mundo e terra abertos,
apesar de tanto pó sempre no vento, de tanta temperatura hostil,
de tanto acidente contra as tuas forças de rocha ou fogo ou nada,
apesar de saber absolutamente a verdade quotidiana de sofrer feridas nas nossas fricções...)
(sei que morrerei em ti
sei que morrer é essencialmente ainda viagem neste mundo
a metamorfose mais íntima que mais nos aproxima de certa beleza
a Indefinida unidade...)
Há um repouso de metamorfose no movimento da viagem
talvez um esforço repousante acontece
olhos-nos-olhos durante o movimento
Aqui neste instante de Caminho-Lugar sem nome
Aqui poderia imaginar a Nascente que salva o silêncio inflamável
a sede delirante a linguagem perdida a obra desfeita a expectativa ácida
(Qualquer instante de Caminho-Lugar na viagem
pode ser Onde e por-Onde acontece o Princípio e a Palavra
o Infinito-entre-nós, amantes deste mundo,
Infinito soprando na argila fissurada e na carne viva
olhos-nos-olhos tão frágeis
tão queimados de sol e lua e tantas obscuridades)
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