sensação de ausência ou distância ou vertigem-de-nada
imensamente vasta sensação
Tudo à flor da pele
Tudo dentro de Memória-com-Desejo
"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
sensação de ausência ou distância ou vertigem-de-nada
imensamente vasta sensação
Tudo à flor da pele
Tudo dentro de Memória-com-Desejo
Há uma Princesa Absoluta na Magia mais a Sul-de-Sonhar
Há a Verdade nos Absolutos êxtases das florestas que entram na Invenção-do-Mar
Só há verdade no sonhar mais livre, mais íntimo da Arte-de-Invenção!
PS: um gesto advém nas raízes
PPS: Sonhar amorosamente = Sonhar inventivamente = Fazer novas todas as coisas
2. O Insolúvel é singular, mas pluralmente singular
3. O Insolúvel nasce, cresce, permanece em infinitas singularidades
4. O Insolúvel faz luz e trevas no Pensamento
5. O Insolúvel faz vetores e energias no Desejo
6. O Insolúvel é o Fator das Essências
7. O Insolúvel é hipersensível, hiperexpressivo, hipercompreensivo, hiperconectivo
within every desiring instant of mine
within every desiring fiber of mine
is branching infinitely while flowing
it's quieter than I had ever imagined - my ears touch the inner skin of estrangement
the silence is perspiring everywhere: the hands flow like absurd waves of ignorance
the night starts moving: this is the Night of Silence before the Explosion
é a hora vital das ternuras furiosas adolescentes em mim... na minha alteração para símbolo de outra coisa em carne viva... estou vendo Coisas que a minha Língua não conhece, direi somente: são Coisas-Omega para exclamar na coragem das pontes que ligam as chaves perdidas aos mistérios da Esperança...
Espero por Ti e pela tua Coragem que cruza todo o arco-íris da Vida Desejante
desde além violeta até aquém de vermelho
as minhas ternuras furiosas infiltram-se nas ruas adolescentes da noite para aprender a enlouquecer com vodkas ou caipirinhas ou puro absinto ou línguas mais bárbaras de Jazz... murmurando crimes passionais necessários... amor de salvação e amor de perdição: a mesma beleza amarga da Inspiração ou Alteração ou Escravidão atravessando o Atlântico tropical dos apetites que fazem e desfazem correntes de água e terra, de ar e fogo, de vazio e pleno, de tempo e fuga... Esperança de liberdade vulcânica dentro das montanhas cobertas de neves eternas...
essas ternuras furiosas derramam adagios sobre as teclas graves e negras de piano dentro das hienas que uivam eroticamente entre os seios nus das virgens bailarinas que se oferecem como música atmosférica que faz eletricidade no vento olhos-nos-olhos boca-a-boca mãos abertas tocando na Ideia de Infinito em carne viva...
Verlaine dispara sobre Rimbaud... quando se falha um beijo, acerta-se um tiro quase-letal....
Verlaine dispara novamente sobre a Noite: tantas vezes quantas a Necessidade... quando se falha um beijo necessário, abre-se um abismo, uma ferida no Espaço inteiro... a arma de fogo é a loucura que salva... crê na salvação de tudo perdido...
A arma de fogo era outra coisa, a bala era outra coisa, disparar era outra coisa... Cada coisa é outras coisas! Cada ação é outras ações! E tudo são símbolos que vêm da carne viva, a Simbolizante, a Paciente, a Alucinante, a Poetizante, a Alterante...
Tudo são símbolos de amor em carne viva, a Paciente
Símbolos de mim, a ferida paciente que sorri ao amanhecer, esperando nos limites invisíveis do arco-íris que toca na lua nova: meu tronco nu, minhas mãos vazias, minha lua nova, procurando verbos para fazer coisas com as turnuras furiosas...
beijando na Solidão, sob o véu do Segredo, o oceano ao fundo, prometendo Tudo, perdoando Tudo, disparando sobre a Dor Abstrata, o Beijo impossível, a Pessoa de Desejo, a Visão onde ardem todos os sentidos, nevoeiro inflamável com todos os sentidos na atmosfera, adagio com percussão, depois cordas, depois metais, depois o coro das Amazonas explicando a guerra justa das ternuras furiosas, despindo-se infinitamente, desde além violeta até aquém de vermelho
Cada símbolo é um órgão de carne viva para transplante imediato noutro corpo carente da sua Essência.
Cada símbolo vem de outro símbolo, como cada vida de outra vida.
Tudo no corpo do Poema é símbolo de outra Coisa-Omega. Cada coisa que respira no Poema é Coisa-Omega de outro Símbolo-Alfa...
, porque
el placer de llamarTe y sufrirMe
perder sentidos y volver à la pérdida como si hubiera Vida Nueva al mediodía
perder sentidos y desnudar los caminos los senos los labios
como si hubiera al mediodía una playa del Pacífico
esculpiendo un símbolo de venas con ganas de arder: corazón de mujer haciendo harina y canto sobre abismos ambulantes: la libertad de los cabellos llegan al abdomen durante Madrugada
el camino del alba es el camino del cuerpo tensión flujo: una rosa madura se acerca de mi boca
¿Sientes la idea de Resurrección Corporal Absoluta?
¿Cuántas veces fabricamos tinieblas solamente para sentir cómo nos bate el contraste? Entonces comprendemos que somos esencialmente espumas de luz que lanzan relámpagos lentos dibujando caricias
¿Cuántas veces las escrituras sobre la piel son la mejor noche de aventura en tierra extranjera? Entonces comprendemos que volamos como semillas y el Viento del Principio sopla
Crer-esperar-amar: A Primavera regressa sempre por Caminho Novo aos Símbolos-da-Vida que respiram no Coração, Harmonias de Poiesis
Crer-esperar-amar a Aurora no Caminho da Primavera: esta manhã é ainda Amplitude e Amplexo de Poiesis: é sempre ainda manhã na língua e na voz e no Desejo de Sentidos que habitam no Coração, Terra verde, floresta tropical de Poiesis
Crer-esperar-amar: Vocação de Infinito na música de Poiesis: o Coração responde à Vocação: toca, canta e dança
O Infinito cresce ou aquece ou brilha mais durante a Vida mais criativa e livre, lugar terrestre de toda a Amplitude e Amplexo, lugar terrestre de crer-esperar-amar
PS: Desejo Primordial Infinito é a Semântica Transcendental: a Possibilidade da gramática e da língua e da respiração dos sinais boca-a-boca
Tudo crês, tudo esperas, tudo suportas: nunca te extenuas, te esgotas, te extingues. No Fim, tudo pode concluir-se, mas Tu permaneces na Juventude Eterna ou na Infância Eterna ou no Princípio Eterno: cada instante oferece o mesmo e outro Primeiro Dia da Génese.
Onde vibra vida, tu vibras mais dentro e mais novo e mais amplo... vibras na Duração: transformas-me na Duração da leveza omni-sustentável de desejar-ser-mais para dar-mais-ser.
Daria 70 passos, repousaria durante 7 minutos e inscreveria 7 frases breves, simples e claras: Sujeito + verbo + complemento. Daria novamente 70 passos não-lineares, repousaria novamente durante 7 minutos e inscreveria novamente 7 frases breves, simples e claras: seria sempre somente a inscrição de frases ouvidas nas vozes vivas próximas.
Cada paragem de inscrição permitiria uma imersão ou mergulho em atmosferas vocálicas singulares, onde abundariam certamente os sentidos do heterogéneo, do singular, do efémero, do fragmentário, do incompleto, do avulso - instantes aleatórios no meio de estórias vivendo-se sem princípio nem fim. Na minha inscrição discreta, guardada no meu caderno disfarçado em camuflagem de livro para não perturbar a espontaneidade expressiva, ficaria tudo cozido em páginas densas, como se fosse uma única voz a confiar-me a sua verdade múltipla, sem querer, sem saber, sem poder fazer de outro modo.
Este seria o meu romance-diário auditivo da multidão dispersa na praia. Teria rapidamente tanta matéria-prima que precisaria de construir uma máquina transformadora para que, uma a uma, cada personagem e seus monólogos, integrada num complexo de personagens e seus diálogos, pudesse nascer daquela Desordem tão potencialmente íntima e bela, cheia de segredos e de estórias-dentro-de-estórias.
Assim, poderia talvez reencontrar a minha paz com a verdade das estórias, a verdade da Literatura e a verdade da humanidade em Literatura: escrever somente palavras verdadeiramente estranhas e próximas, permanecer fiel às vibrações dos meus sentidos abertos às vidas vivendo-se sobre mim, inscrevendo-se em mim, neste tempo de infinitos tempos realmente transportadores de tudo.
se déguisent en chanson (pour approcher nos lèvres sans faire planer aucun doute, aucun soupçon)
et coupent l'aube (et les promesses que l'aube recèle)
coupent le souffle (mon souffle à moi, mon effort)
coupent le cordon ombilical (mon cordon à moi, plus dur que mes os à venir)
das schon gewesen sein wird.