no meu caderno de escrituras adolescentes, queria somente a verdade que verifica a vida sensível na inteligência que sente plenamente ser-meu-corpo
na primeira página, escrevi e desenhei os dois modos únicos de escrita valiosa que se oculta: gritos e lágrimas sub-vocálicos ou hipo-fónicos, colados ao tronco nu do silêncio transpirado
não me interessa escrever nada mais senão a curvatura do espaço-tempo no calor do corpo em respiração alterada, oscilando entre os plurais dos vértices nos ramos das magnólias frágeis onde explode a minha puberdade heliocêntrica, heliotrópica, heliofílica, heliográfica... gritos e lágrimas, muito próximo do Inexpressivo e do Segredo: o gesto da carícia que pode salvar este desamparo-mundo
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