Tuesday, April 19, 2022

Morning Poem


 the morning poem plunges into your page
the four dimensions of your nudity

the morning poem offers Absolute Sun
the seven flames of your freedom

the morning poem raises the Song of Songs
the One capable of opening your mouth
and the One burning tenderly your chest

the morning poem begins
your Spring again
calling

Sunday, April 17, 2022

On the power of desiring


 every morning is now the First Spring
the power of desiring
here
you arrive at the first nudity of mouth or page 
the page calling for the love letter
the love alphabet   the love language
 here 
hope brings Signs sharing now the Whole morning
fullest evidence of life
First Spring
here
power of desiring
capable of continuous waves
beginning becoming blooming
Beloved Bodily Possibilities
I kiss your bare feet and hands and last Angst

every morning is now the First
Absolute Sun on approach 
here I kiss your bare moons and last Stone
this Orbit within my Indefinition feels more-than-force
freedom growing in the Wilderness
here edge vertigo
leap of faith 
almost strings and woodwinds and jazz
my flesh exposed to the Open
capable of blowing music 

Desire touches the power of breathing
percussion expanding the Whole
Desire discovers and invents the rhythm

Desire reaches my Disclosure
my breasts my Orbits 
when discovery or invention
Powers begin  become  bloom 
Beloved Bodily morning

anchored hope you may sing while maturing
my breasts my Orbits
novel nudity originates indefinite truth
Powers of Desiring

Wednesday, April 6, 2022

Poema de vida inteira


uma árvore cresce no silêncio do Amor 
no clímax do silêncio do Amor 
há tempo húmus mundo

Uma árvore cresce no silêncio do fruto livre
ou na carne viva do fruto livre

Acredita 
Toca aqui com os lábios
o Sinal maduro

uma árvore cresce no silêncio central do Amor 
também meus incêndios florestais escrevem mais maduros

o diário íntimo está escrito no ritmo de respirar e adormecer olhos-nos-olhos
o rosto recém-nascido repousa sua fome nos seios maternos do Poema

Primeira satisfação da vida inteira sempre repete 
a primeira página do diário íntimo

Primeiro tacto está escrito
no cerne do Texto-tronco-nu 
minha árvore do Amor corporal
meus incêndios florestais

o Poema regressa vazio ao ritmo da Respiração
  
e a Palavra infinitamente buscando a Direção 
o Primeiro tacto materno 
onde Tudo-respira-melhor
o Poema-em-Canto 
o ar livre entre pássaros e pássaros
decifrando as linhas da Primeira página íntima

o diário mais íntimo é a água subjacente no Amor-em-construção 
uma casa de ar livre nos ramos mais altos da floresta

tanta vertigem de aproximação e alteração e libertação

Saturday, April 2, 2022

morar no jardim e no abismo


 a geografia do Amor conhece todas as latitudes 
desde os abandonos aos desalentos 
até ao curso de silêncio Capaz-de-Deus

a geografia do Amor conhece todos os caminhos
desde enigmas de montanha e de confiança contínua nos Sentidos
até regresso boca-a-boca pela noite dos rios 
de onde começamos sempre no Princípio do Desejo
todos os êxtases possíveis

os caminhos de montanha têm atmosferas extremas
o coração ofegante estuda a geografia do Amor
compreende os Sentidos onde moramos onde escrevemos
jardins e abismos no mesmo solo no mesmo sangue
 
eu desejo sempre o Princípio: permanecer neste Texto-tronco-nu
permanecer no Teu círculo do Princípio
na Tua explosão-em-mim primeiro Alfabeto
na Tua ondulação-em-mim primeiro Sinal
Língua pacífica do Princípio 

sempre Desejar o Princípio no coração é morar no jardim e no abismo
Tu tocas-me agora na Era do Princípio 
a Idade das grandes invenções

morar no jardim e no abismo
sempre Desejar o Princípio é Outra-potência-em-mim 
outro coração aéreo Capaz-de-Transfinitude
onde somos a sabedoria do caminho
onde começamos onde descobrimos
onde este Texto-tronco-nu toca na Língua ou na lava ou no pó
onde a explosão primeira do coração faz Espaço-Tempo
jardim do êxtase  abismo da angústia  
curso de silêncio e de lava e de sopro
unidade musical entre as mãos e a Língua

sempre a Origem regressa boca-a-boca
significando explosão primeira no coração nascente
coração sem morada permanente aqui
indo sempre mais longe mais dentro
construindo jardim no chão no peito de Tudo

sempre Desejar 
no fundo de abismo podes florescer-em-mim
coração sem morada permanente

Onde moras hoje? Onde respiras o tempo Possível? 
Interrogo esta manhã esta noite esta tarde 
hora de perder a âncora e de salvar o Mar

Onde poesias minha Inquietude Desejante? 
Onde inventas Tudo de Alteração plena? talvez Cantar?
Onde respiras a minha Confusão
meu Texto-tronco-nu?

sempre a Origem regressa boca-a-boca
és o Sinal na atmosfera talvez Cantar

a história do Amor  a geografia do Amor  a Psicodinâmica do Amor
a tua memória ardendo como Biblioteca inteira escorrendo 
na mesma harpa  no mesmo sangue  na mesma lava 

a tua Língua nova vê as horas no Sol Absoluto
morada dupla do Amor desde a Origem: no jardim e no abismo 

Onde esperar-Te hoje? 
esta tarde esta manhã esta noite este ciclo 
sem morada permanente
confusão de perder e de salvar respira-me 
plena de asas verdes desde o fundo
asas verdes futuras após holocausto

(na solidão Sophia pressentiu a frase mais Capaz:
Se soubesses como és amada, Se soubesses como és amada, Se soubesses a tua verdade, 
poderias voar mais-longe-mais-dentro ou enlouquecer transfinita de tanto)

no jardim ou no abismo


as águas correm no jardim ou no abismo ou no Desejo
  
do corpo vivo do meu Amigo sinto agora somente o tacto do invisível
a essência do Amor Inteiro e do Sol Absoluto e do Poema Vital