Friday, December 30, 2011

from dust to dust


kissing cannot one alone

my body is humus and rain worth digging and planting deeply

your wings disclose the fruit and let burn the unfinished touch
till nothing but a bleeding second within
wound on every node of flesh and disgrace

Thursday, December 29, 2011

O álcool puro de Perder-se


Perder e perder-se: tem álcool puro que desfaz os nós entre quase-nada e quase-nunca.

Um deus menor escreve-me coisas no sangue para se entender com um demónio recém-nascido: nessa escrita, injetam-me a memória dos pretéritos que não foram, as promessas quebradas, porque ninguém pode superar a catástrofe sem atravessar a catástrofe.

Há uma arte de perder e perder-se e repousar depois das montanhas recusarem o milagre.

Um outro deus menor lança montanhas no mar. lança-se. depois de beber um remoto grito de pássaro. e o rio segue para dentro do peito do nadador.

Wednesday, December 28, 2011

não só de pão vive a boca


beijar não se pode só
faz dois nadas de um tanto

nem só beijar se pode quando se pode beijar
não só

Thursday, December 22, 2011

down-ground-sound


the sound of ours falling down, hitting the ground, has no vowels

nothing but foam
maritime foam fiber foam nerve foam
purple white and light red deeply mixed while boiling
sea water and sea blood over boiling while
foam of bodies from the beginning till now
the last remains of someone looking for someone

nothing but foam of ours hitting the vowels
groundless sound of ours

Wednesday, December 21, 2011

die Sprache in Panik


Liebe und Arbeit. Es gibt Feuer. Wahrlich Feuer und Stamm, mein Herz im Brandfall. Ich denke an Gott und ich bin verloren, von Antinomie nach Antinomie, immer schneller.
Dein Herz ruhe bewahren, dass muss ich tun.
Von vielen Wassern will ich vergessen durch Fleisch. Keine Spiele ohne Blut und Not.
In der Not ruf das Herz. Vor deinen Augen suche ich eine Bibliothek von Haut. Bis auf den Grund erkenne ich bein Berg. Wieder spielen die Gottlosen in der Not.
Dein Wort sprach von Haut unter oder oben. Unserer. Ohne Welt, sondern die Krakt. Das ist grosser als ich, als uns. Die Kraft der Zeichen. Ich gebe dich das Beginnen.

Niemand wartet. Du hast Worte von Anfang. Zu dir kommt mehr Durst. Brot von Haut wirst du. Nie mehr hungern werden. Vom Himmel. Rufen und antworten.
In der Unterwelt findest du nicht das Land, wo oder wann oder warum. Du schaffst den Orion immer wieder, ohne Nichts zu fürchten.

Erste Prüfung. Eines Tages geschah es, dass meine Sterne oder Hände Nichts fassen.
Zweite Prüfung. Eines Tages geschah es, dass meine Sterne Nichts. Punkt, Linie, Plan.
Dein Wesen stimmt jetzt. Der Tag meiner Geburt war der Löwe, die Sprache in Panik, das Flüstern einer Schöpfer.
Ein Psalm singt von seinem Berg. Sieben Söhne und drei Töchter im Winden gleichen Blätter.

Wildfire in the Dark Forest: Zur Abgründigkeit und Leidenschaft




Ich bin das Licht, der Weg, das Leben. Ich kenne Nichts, ich gebe dir meine Blindheit, meine Frakture, um mich zu richten oder heilen. Unterwegs war der Gesandte. Durch Augen heute macht der Krieger blaue Musik unter Druck. Ballett weint und weint vor Sonnenaufgang.

In Zeiten des Schweigens. Hört mich niemand? Kein Gesicht? Keine Sekunde? Gibt den keiner, keiner Antwort? Keiner Verzweiflung?

Meine Generation sucht nach Elemente, um Brise, um Wellen, zu folgen. Ja oder Nein? Überleben wir? Die Prognose ist finster. Alles ist Maske, der Tod auch nichtsein vor der Tür. Ja oder Nein?

Eva kommt ins Bett zurück. Die Verführerin ist noch nicht geboren. Ohne Leib soll der Tag sich in Nacht verwandeln, als Liebestrank. Nie zuvor wurden die Gesetze der Verwandlungen so musikalisch.

Neue Impulse setzen und gestalten, immer wider, in dieser Spielzeit, in einer Inszenierung von dringenden Türen, es frisst meine Haut. Ich selber werde das Schreien.
Anderen hat er geholfen; er helfe sich selbst, wenn er der Messias ist. Die Gefangennahme bringt die Prophetin. Sein Fleisch verwest mir unter meiner Haut.

Was ist das Gefühl der Extreme? Welche Erfüllung is vielleich oder vielleicht oder vielleicht nicht? Warum habe ich immer tiefere Abgründe? Fühlst du der Sinn nach Sinn immer schneller immer sexueller? Weit entfernt bin ich wohin, absolut, leer, wohin. In Räumen fahren Frage
warum?

Diálogo com espuma


alguém em busca de alguém em busca de alguém em busca de alguém em busca de alguém até ao Sem-Fim da busca com os olhos a delirar sete dias mais um, sete batalhas mais uma, sete desejos mais um, sete luas mais uma... imperfeitamente... in indefinitum...

do outro lado da terra ou da pele, vêm outros buscadores buscando alguém que busca alguém que busca alguém... imperfeitamente... in indefinitum...

os corpos dos buscadores dissolvem-se lentamente em espuma... primeiro as extremidades, depois os centros... mas a busca é indissolúvel... tem um núcleo de metal pesado, tem coágulos de sangue petrificando em incertas veias entre o coração e os pulmões... tudo se resolve em espuma, embora a busca persista irresolúvel como o enigma do Sem-Fim...
tornarem-se os buscadores de alguém que busca alguém que busca alguém que busca alguém... imperfeitamente... em espuma... estes corpos estão sempre no instante em que um mundo possível vem a ser e outros infinitos mundos possíveis permanecem vagamente espuma de outros futuros... são o fenómeno do mar...

alguém busca alguém que, em incerto instante de espuma, busca nada, busca nunca, busca ninguém...

a mesa posta na cama, a cama posta no teto, a casa posta no obscuro... fui à espuma e fiquei... confundi a massa do mar com alguém que busca alguém que busca alguém... dormi na areia a alegria de naufragar...
sete ondas mais uma, sete sereias mais uma, tendendo para aquele limite X: menos infinito... é isto morrer e renascer das águas com a melhor espuma de todos os buscadores que em busca de alguém adormeceram em nada, nunca, ninguém... só acordaram depois do dilúvio, quando todos os animais enlouqueceram transformados em espuma... primeiro as extremidades, depois os centros...

passei toda a juventude em bibliotecas. conheço as maiores e as mais babilónicas do mundo. lembro-me da insónia da busca. dos olhos ferventes, página após página, expectantes de Alguém, após uma página e outra e sete mais uma.
de nenhuma página explodiu o corpo nu de Alguém que buscasse absolutamente.
perdi o sentido dos sinais e perdi-me nas suas esferas fechadas.
hoje, prefiro o relento e muita espuma de nada, nunca, ninguém.
amanhã morrerei melhor do que hoje.

Monday, December 19, 2011

the end of the season


even angels have bodies with unstable temperatures.
angels and winds blow intensely from the inner truths of early birds.
the contrary multitude of perspirings follows nothing yet. a vein still to open between this and this. imaginary wilderness. fear against desire. the primitive force or the law. so that the unfulfilled possibles talk with those angels alone. while the fire expands and sings the circle. infinite lines of infinite possibles. in the same blood. despairing of life and miracle. at fullest

sonata ao luar ou aprender a metamorfose



imóvel, a flecha atravessa uma cratera lunar.
uma língua de fogo fala do mundo como de uma mulher grávida, nos últimos dias.
o Absoluto aproxima-se infinitamente de nada, entre dentro e fora.
o Absoluto faz um desvio entre o eterno e o nada, para viver connosco um instante de vertigem.
o último instante da flecha imóvel antes do tempo se incendiar todo no peito X. incógnita.
um instante de álcool. vem e cai. no peito de X.
o álcool perdura na queda até que o corpo aprende a voar.
também o repouso é uma velocidade apaixonada pelo fundo. vem e cai até ao álcool dos últimos dias da mulher grávida. estremece de Futuro. no peito de X.
o sol cai na lua no piano na língua na matéria no útero X.
o sol incógnito lança flechas de Absoluto. na ausência ou na demora de Messias.

Saturday, December 17, 2011

labirinto


um labirinto pode ser uma única linha, reta invisível, que atravessa as ruínas de pedra e saliva. de menos infinito a mais infinito, passando por zero, por mim em jamais. o sinal passa, nebuloso, e faz corpo com nada, senão pó de incógnitas. dormes, desde a fonte que fala do Enigma, com o grande hematoma no peito do Presente. brilha uma dor intocável que aprofunda a paragem dos cavalos no vértice da catástrofe. explosão abrupta, umbilical, de sol.

diante do declive, os meus cavalos correm. diante do abismo, os meus cavalos aceleram, como tangentes do Futuro, e voam na plenitude da linha que transborda, de menos infinito a mais infinito, concentrando-me em zero. uma ideia de boca e de canto: uma vogal aberta apenas, um cântico mínimo, uma linha única que quebra o ciclo.

muitos cavalos nas veias. uma convergência de infinitos. muitos deuses em jogos de dados sobre a areia.

o meu interior é a superfície das ondas extremas, o recomeço de Acontecer.
uma incarnação de infinito no singular: uma pele sem princípio nem fim, sem círculo nem centro, um corpo recém-nascido no meu corpo.
a fonte fala em Enigma. o anjo fala em Sonho. sempre uma mulher espera um filho
como o Eterno. e o corpo do filho é o Singular fogo que derrete a densidade da tragédia e todo o teatro do Fim.

Thursday, December 15, 2011

Eros & Poiesis

Eros & Poiesis:

'via Blog this'

omitir sempre uma palavra como uma parede no labirinto.
as mãos bifurcam-se entre dois jardins onde o tempo vem florir muitos espinhos sem porquê. Também as rosas são parábolas do messias que vem ou não ou outra coisa. O medo deseja o tempo dos manuscritos quentes. O desejo receia os meandros do peito em ebulição. Há uma espada abissal na minha ideia de uma ilha onde finamente naufragar contra falésias e brumas de êxtase. O mais denso e remoto êxtase que o messias decifra com vertigens.

Friday, November 4, 2011

Life-defying temperatures


bodies perspire non-sense while future loves sleep furiously.
not afraid of believing. despite this spiral stringing up my inner petals above highly above the infinite layers of thorns. you dance as if All were Now.
a Suspension of new veins new bloods new pumps.
All at mid-air within your dancing wings.
so much fire. and ultra-violet flashings of flesh.
your dancing makes happen the beginning. again.
when the breath came to clay and the tongue vibrated godless.
humus. our animals resume all.
let us plunge on fire or water? You decide.
not afraid of the ninth hour. the tempest off-shore.
pain becomes an olive tree on the verge of Deluge.

bodies begin raining. as much fire as blood cells.
All confines skin.

Sunday, October 30, 2011

tremer


há uvas há o trigo e tanto treme quem acredita no caminho no coração da casa

sempre o tempo da metamorfose da fúria tão íntima como a palavra que talvez desde a primeira água faz tanta falta na boca toda

há uvas há o trigo e acontece-me tremer de silêncio como se fosse frio tão íntimo como a primeira água desde que a boca toda faz falta no tempo da metamorfose do amor em fúria

Saturday, October 29, 2011

do vértice de agora


Só um deus nos pode salvar agora
Só salvar nos pode agora um deus
Só agora um deus nos pode salvar

sangue do meu sangue. vou da minha boca à terra vermelha. regresso sem lábios

néant et désir


néant perdure point. désir et moi. du don peut-être seul de soi. l'oeuvre se retrouve au seuil de l'énergie. passion débordante qui désire l'être aimé de l'être aimé et l'être amant de l'être amant. l'horloge accélère la nudité que je ne sais pas. néant perdure point. désir et moi. les trois pianos qui explosent. les trois chevaux qui explosent. les trois explosions qui explosent. les mains abandonnent toujours les heures de demain. mais toute la chimie de ton corps se réclame du devenir. il pleut fort ton désir. je ne veux rien. une arrivée un départ. la liberté d'une pluie qui viendra parler d'autre chose qui passe sans mot. je ne veux rien. silence rentre dans son amour et dans son être. Si Tristan et Iseut boivent les vagues et ils ont peur, si peur. c'est plus qu'un philtre, ils se regardent et se quittent comme le dernier temps, un fruit sans retour. loin se dessine l'heure des quais. un peu de cendre sous la langue. je suis la lassitude de ne pas pouvoir entendre. aucune chose ne saurait arriver sans quelque excès ou retrait. autrefois, l'oubli allait sur la route des captifs. l’amant ne désire pas posséder l’aimé comme on possède une tempête. il veut posséder une liberté comme liberté qui devient captivité. mourir pour le printemps. bien que l'effroi demande trop de sang pour se satisfaire. aucun verbe ne frémit plus. malgré l'attente seulement du commencement, à chaque instant où le pont tourne et tombe. cette porte aussi tourne et tombe. personne ne demeure cette liberté captivée qui se retourne sur elle-même, comme dans la folie, comme dans le rêve, pour vouloir son enchaînement. la rose par désespoir se trompe d'oublier la route sur laquelle je ne sais rien. la vie se choisit captivité. Il fait froid depuis longtemps. Et cette captivité doit être démission libre et enchaînée à la fois entre nos mains. Il a fallu un arbre brisé, un détour de flamme, pour comprendre la morsure du vertige.
néant saigne seul

Sunday, October 23, 2011

Saturday, September 17, 2011

palavra


que a palavra seja a coisa, o acto, o próprio acontecer-Me
a elipse vibrante dos lábios que faz do ar uma deflagração
a palavra desde sempre e para sempre no círculo aberto
meia-noite-meio-dia
a palavra que faz princípio
muitos ecos de calar-se

digo-me o nome deste Outono quase a dobrar-me
ausente onda do álcool de Deus absorto aqui
digo-me que se repete tanto tudo nada fundo
primeira palavra depois de largo lamento
tanto calar-se discordo-me tardo-me longe

o nome exacto de morrer de sede agora
no meu meio-dia-meia-noite
sempre novamente

flash vowels


she brings pours blows the orange crayons over and over the horizon

the rock the skin the mud the final waters diving in here in now

right here right now I owe the point the line the plane the final curves

o you o me sunsets to dive

if. only if. she comes.

Friday, September 9, 2011

do Indefinível ao indefinido

foram infinitas navegações que queimaram a carne e os ossos
aproximações ao coração do fogo, o Indefinível que lavrava todos os tecidos do mundo por dentro

o Indefinível evapora-se no indefinido. talvez.
como se o sopro que transmutou o barro em carne fosse também todo filho do pó
como se a respiração fosse apenas terra - mais ou menos subtil

o indefinido sucede ao Indefinível, tocamos em Nada com a menor ondulação da tempestade

Wednesday, August 3, 2011

necessidade de montanha


a montanha aquece os pés de porquê.

vem vermelho íntimo pousar na língua.

os espíritos que esse sangue de montanha envia ao cérebro são densos e agitados como os teus braços futuros que são ventos muito subtis em torno de todos os meus músculos. também os mistérios têm ramos e pulmões. penso como os teus olhos ligam tudo a tudo. desde a veia cava até à espuma de saliva que contorna os lábios do vazio, da vigília, da ideia de amor de ainda

inteiro é o fogo: a única fonte de luz que conhece o caminho da cinza ao cristal. transmutação nocturna que consome desde o começo até ao fumo.

a lua engendra montanhas que se alimentam do fluxo e refluxo das minhas ânsias.
desenho crateras com pó de palavras que caiu mais pesado que todos os corpos quebrados desde a primeira contracção até à dilatação da pupila.

querer no futuro um certo bater do pulso
um sinal rubro da passagem de chamas
longe do vapor das lágrimas

encontrar-se


procuras há muito o que não encontras.

esqueces a perda.
e acabas por encontrar sem procurar.
o que procuras vem encontrar-te em repouso de busca.

Sunday, July 31, 2011

hours and horses



one point, line or surface is equal to another point, line or surface. very seldom. there can be no geometrical demonstration for this. hands of mine seizing finite fractions of fractions of waves and waves of yours. from across the dire strait.
hours. the extremest edges. I can find none but the future annihilation of closed circles. I desire it may be produced. the necessary connexion of force and future.

we have so obscure an idea of desire and belief that all the imaginings we can invent are nothing but perishing moons. my bed and papers appear as an hypothesis for near or remote horses. bodies change their position and coherence in the text.
another breast opens. I shall write to develop these cliffs of almost nothing. and explain never. the mountains where. how much. whenever you have called. always the shocks of crystals to me.
passions and affections are houses and trees. the strokes of embodied nothing. where much fresh waters assure us of matter of fact. say fire and pain. upon a close approach.

any interruption in my feeling or bond obtains a silent explosion. the desire to excel in transition from X to X. the unknown extent of the burned substance. the unknown river in our palms touches the cause.

I must confess a labyrinth. I neither propose nor dispose. the whole labyrinth induces me to not spare any horse. the journey possesses the agitated idea of riding. the passage conceals the breast in motion.
Suppose I imagine at present the voice coming from my next extinction into the rays of light. flowing from those tongues of confusion. confining myself to hope and fear. with compass and loss. deeper than the complete machine of inflamable horses

Monday, July 25, 2011

heated things


it is no secret. blood disolves.
in the shade of fragile secrecy.
what is loved perspires. bittersweet.
our mouths need fruit. our mouths are fruits. themselves.
this is language where the breasts appear as breasts. a clearing in the forest.
and the forest appears as forest. bodies read and write this language.
a drop of saliva opens the book. half saliva half humus.

Saturday, July 23, 2011

next fall


sensing next fall through imaginary sounds of rain.
sensing in disconcert. from your garden. nearly living.
a place where I can go and cry. against angels.
never warm enough. dark blue light blue.

birds could come. as the one who listens to my moon.
seven times seventy. zero. layers of zero.
never fully explicated.

Tuesday, July 19, 2011

a room of care

branches of burned skin. almost invisible.
another garden where one gets lost. or not. or maybe.
and a certain mouth still to come. or not. or maybe. and to touch another mouth in need of fruit. before a possible rebirth. or not. or maybe.

the moon was dry. born too early.
breaking the circle or the process of dying.

journey


leave it or burn it up.
many ropes tie doomed things. this book to come. smells like living non-living petals. I used to read it. and letters could talk and flower like children. playing with sorrows as if toys. none is saved from walking together through many layers of dust and flood. beyond and back home. dust years, flood years, layers of skin, that's us. bitterness, sweetness, confused streams of it, that's us. the smell deepens the mattresses and conforts. the pace of confusion increases and drops. abruptly. almost cruel and raw like those unwashed wounds and scars. driving us till the innermost chamber of us. fibers of some day. the innermost fibers on the other side of some day. here's the past crying for horses. children under a strange silence pulling them. forceps of silence. the flesh fights over everything, loves that urge. never told. too far apart. green eyes should flower throwing fire. the whole field is soft skin under night hawks writing on the walls. they know when a house is emptying. when dark green shades hesitate between air and humus.

patient stories



the heart is again a the edge between X and X
or another garden with naked bodies
plunging down until roses and fruits

less burned than Eden
eyes open and close

the muscles of the heart look at each other to start over again
under the fierce sun turning west through red fields of verbs

a well in the desert heated by future wildfires vibrates and steams
bodies over the sands vibrating and steaming

again springs and nerves
along the abandoned verbs

Sunday, July 10, 2011

grammar

there is an infinite number of intelligible sentences. within the grammar of Yours.

.the Universe cannot contain it. Meaning overflows. Language blasting vowels. Off the coast.

I aim at rephrasing Me under Your grammar. in order to be intelligible to Myself.


the discomfort of everyday unbirth is deeper than the possibility of Everyday.
Unpure Maths. every body of waves and foam works breathless.
the method of flight. the fury of making. infinite should be as round as a breast of Yours. Beauty and beauty alone.

Thursday, July 7, 2011

nada


nada vem nada tanto ferve

ainda

(caminho vazio  nada vai em mim por mim
caminho chão vulcão adormecido pedras rubras
tanto fervem ainda pés nus tanto fervem
ainda)

Wednesday, July 6, 2011

sinais na pele


alfabeto de areias e de ermos onde o tempo vem ensaiar fracturas

há sinais na pele que esfriam o insubmisso espaço das errâncias

não longe da boca outro litoral de furioso verde absurdo penetrante

Monday, June 27, 2011

sofrer porque


a falta de uma certa metáfora alada feminina dói-me
sabe-me a passar fome
porque a névoa é lenta
e os medos flutuam

acontece-me muito deste sofrimento absurdo apesar do abandono onde estou
abandono
essa palavra à beira-mar que ondula tão cedo na astúcia das carícias antigas
depois a noite com o dom de sonhar
e seus hieróglifos
e seus palhaços
e suas luas a ler-me porque sou desde amanhã no início
porque vivo e escrevo sombra para desaguar no seio do moinho de vento
imersão no teu nascimento alado e feminino dói-me
uma alegria contra a pele
tudo quanto
porquê

amanhece outra linguagem
alguém ainda chora num quarto escuro

Sunday, June 26, 2011

eyes and tongues


.your disquieting dawns. I ask nothing of dawns.

I have imagined your dawns from all angles.

And all angles veil the wisest silence.
return to the ground. first doves unbound.
nakedness.

prepare the wind.
bittersweet tongues and intersections of ours.
weeping at the fountains were moons agree. passionately.

texts of unrooted oblivion rise at confused times.
I refuse to forget you.

Saturday, June 25, 2011

waist


imagine wartime letters from blood to blood translating skin into skin
at distance
most painful waves

and you within my flesh for your love
you green nocturne arch green water overflowing
you are still a burning waist in the dark
burning and climbing while birds inhabit dream
my effort alone
wounded absence climbing my waters
for mountains exist
there is no love under fear

the mountains are breathing nearer and nearer inside my forest of infinite springs

Friday, June 24, 2011

tempo


água constante sobre as páginas dentro da carência que sobe todos os degraus até à lição final

aprenderei os dias insolúveis de monólogos desde a primeira à última pedra sobre os pés

o horizonte pesa na boca a partir de zero e a partir de todas as vogais em que nada ferve senão a ânsia de...

Thursday, June 23, 2011

estória

portanto, diz o céptico que o amor é uma estória ou uma cadeia caótica de malentendidos insolúveis

acrescenta ainda que descrê da estória quem conhece a matéria-prima das suas tramas irreais

falta ainda o céptico compreender-se a si próprio quando afirma e infirma a possibilidade da possibilidade

Creio e quero que seja logicamente necessário haver Possíveis

transparence: hypothèse heliocentrique

le soleil est opaque par excès

les transparences possibles gravitent autour


le possible enveloppe le réel
le réel enveloppe le nécessaire
mais reste la non-coïcindence
le possible non-réel
le réel non-nécessaire

y

one none you the burning verb under my tissues

you one none the final verb behind the opaque

borderline

someone left alone in the midst of voices

many voices crossing those lines within
as many lives within a blasted body
lost hands on a cloud or rock within

a return to the edge imply walking until after unknown

Wednesday, June 22, 2011

seconds & barriers

infant skin filled with pure questions hurting other questions
and silence struggling

the story betrays a circle of myths and traumas

and she beats her seconds against some bones and muscles of hers
her chest and limbs tremble
again at the extreme beginning

I don't want that excessive night to happen

Tuesday, June 21, 2011

agitação da corrente entre os lábios.

a força queima o silêncio a ferida o desejo.

não toco o fogo quando ao longe ou sempre que.

o vazio até e quando.

Monday, June 20, 2011

vertigo

illinx or dance through that rope
seizure or spasm in the marrow of air

agon or the extent of injury through those sands
love without dawn interlaced without recovery

alea or the first landscape where get loss and found
through an introduction to solitude

horses come
angels of flames at war
wage war against my very veins
devoured veins by yours to come
come as horses come without dawn among skies to come
to come as a nude but not a nude

the pure fire of my longing for
the moon knows not for

l'Un n'est Pas

l'Un n'est pas.
pas encore. un. l'un.
encore pas. un. l'un. pas. encore.
un pas encore. pas un. deux. tus. toi.

pas vers l'Un n'est pas. c'est deux.
sera. deux. depuis que pas encore.

Saturday, June 18, 2011

vinda


vem depois de tanto nada que nem flores. sobre a linha do precipício colherei a vertigem para sempre, se as mãos tiverem o grito exacto da aproximação que liga as fibras íntimas. Depois, vêm as pétalas que originam desde antes.

também as conchas vêm depois de muitas luas a trabalhar o mar.

tudo o que vem depois chega do lado de quase. cair quase. voar quase. quando for quando. o porquê de depois faz desde. donde. falta corpo no tempo.

vem depois de perder os sentidos. começa depois. diz que vem. toda a palavra diz que vem. algo tarda porém. chamo lábios à demora que parece fissurar a porta mais sensível. vem depois ser outra coisa que já não ou que ainda nunca.

nem sequer as flores imaginam o quê.

na língua chamo flores ao que tanto se desfaz. rotações e elipses o amor desenha os astros que desorientam desde. donde.

depois vem nascente e realiza a montanha. recomeço desde. falta corpo para tanto. não há tempo sem corpo. chamo amor ao corpo enquanto recomeçar.
enquanto subir até ao fundo de outro cimo a subir até. na linha do precipício colher a flor que nada. apenas duas pétalas nas órbitas até ao fundo dos olhos.
subir até ao fundo e crescer na sede que faz subir.

Friday, June 17, 2011

brilha sobre

cada sol tem um corpo para queimar.

há um sol que tem o meu. também para queimar até que.

depois, vem a separação nocturna.
vem o lago ou a boca do mar onde a noite bebe o que não ardeu completamente. ainda. bebe a areia que vem do nocturno fragmento do corpo que voltou do nocturno incêndio.
ainda mais do que nunca.

até que as fibras dos tecidos do corpo esgotem as forças do fogo por dentro da separação nocturna. entre haver e não-haver. princípio-e-fim. tudo-de-nada.

também o silêncio inflamável. fará sol e gelo. uma linguagem de atmosfera.

transformam-se as horas em braços que querem mais do que.

Wednesday, June 15, 2011

alien logic

there is a movement from meaningful sentence to meaningful sentence. and a chain of chocolate from hypothesis to hypothesis. for instance the idea of "If" and "If not" can articulate several infinities and combine my asymmetric incompleteness with some non-tangible "Cannot's"...

Do you follow the threats of the train of the possible desire? Necessarily, contingently, actually? Drink it fully. necessarily first. like the basic force of contradiction. its discomfort in the flesh. what a powerful self-silence.

pés na mão


havia dois caminhos
escolhi outro totalmente

os pés falam de onde Nada

écume des jours

la peau passe cendre fumée vapeur
les liquides de la langue

écume des jours

densité
le clair-obscur

une plaie ouvre et ferme
l'autre

Monday, April 25, 2011

nudez longínqua


Arquitecta. Ela. a-deusa-nua-que-virá.

Ela sobe para o quarto. desfaz duas paredes para construir uma fonte.
despe-se. defronte. desenha-se. descobre-se no feminino.
nasce de novo mulher para a nudez inicial. o corpo é o espaço. o jardim de oriente. a ilha do sul. a palavra que chamou o mundo para ser.
amar o que só pode viver sempre. fecho os olhos para ver a demora, o regresso do tempo ao tempo de Sim. o silêncio afirmativo transborda de Sim.
podemos nascer. é a hora das linhas entre o sol e o nada o sol e o tudo.

acreditamos nas árvores que têm a espuma intacta do possível mar. as ondas emergentes sobem do fundo. fundo sem fundo na pele sempre em torno do fogo. a possível habitação para partilhar. um leito vazio que naufraga enquanto não chegar o Tempo.

um círculo se forma entre um seio e outro seio. as mãos invisíveis do Desejo ardem por dentro. murmura o verbo Vir Entrar Ficar.

ela despiu o tempo. despiu o tronco a contraluz. meditou os seios. como se frente ao mar. um dia, será o princípio. ela estremece com a Ideia corporal de principiar. o desejo é mais profundo do que o mar futuro. quanto tempo para principiar. tocar a Origem. aprender a despir-se frontalmente. depor as feridas sobre a ondulação do silêncio inteiro.

ela despiu o tempo. ficou o instante. o íntimo e longínquo instante de desejar o princípio do mundo.

ela queria dizer: recomeçar infinitamente é o meu novo sol. quero uma linha de sol e sombra, entre a boca e a boca. um alento. uma carência definitivamente. nas veias da mesma noite.
Ela. Desenha-se nua. para semear ao ritmo dos lábios sobre os lábios.

Ela germina confusamente. mais-do-que-jardim. O Princípio abre as mãos.

Friday, April 22, 2011

the possible skin


the skin is the Possible Being

the sun softens the redness of my Fable and explodes as many times as necessary underneath the stars dust of our mother tongues

Thursday, April 21, 2011

the secret ecstasy


a candle swaying swaying in a constellation of voices. your birds sing in the morning fully naked and invencible. This is the beginning of a novel surface under your mountains once so foreign and sunless. with fear I trembled before your waves.

having said these things we drank from the same bottle the same alcohol
it is possible possible possible it must be possible. my eyes read your gusts of imaginings.

to discover the desperate cloud or symbol where my undulation seized your chest and other remote regions not afraid of the sea. The sea we are dreaming of. And barefoot moving forward. the world is still invisibly and blindly burning. This is the time beyond the ruins toward transparency. our wakening well before dawn has no fear of Nothingness and Nakedness. Sun is your spectre to me.

Monday, April 18, 2011

descer


Descer

Até de onde nunca ser

A única hora de esquecer. mais. quase cair. dar

Descer pela primeira ou última vez até de onde nunca

A única boca faz caminho. mais corpo. quase tocar.

Depois de existir. antes dos olhos. a temperatura bastará. pelo corpo.
primeira ou última desordem do mistério. um misto de saliva e argila. sopro e toque.

descobrir o princípio ou abandonar as montanhas no mar de dentro. em torno da tua hora ou vértice de onde nunca ser. a água exalta o espanto. somos a montanha mais arborizada de asas. batem nas rochas nas águas nas copas. batem as asas contra o sono das raízes. para sonhar mais fundo do que todas as mulheres futuras

Saturday, April 16, 2011

presença


as mãos tocam aqui o princípio - um plano do mundo para Haver

não acabam de começar sempre - há infinito na Origem e no Beijo

há o princípio a propulsão aqui - uma superfície abre as mãos absolutamente para os símbolos do Poema Futuro

Friday, April 15, 2011

crainte du feu


le chemin qui longe le feu croise le feu boucle le feu, c'est moi

Tuesday, April 12, 2011

fear of the stake


I portray that scene or boundary the way I see it from Here

and it works in all places and motions and first steps

I don't know You or It yet
but fear is already Here from the end of the world slowly
I fell off a chair before the final battle cry

I do the scene besides the garden written by impulse

Give me a Signal
(that Signal trapped on the body on the muteness of the body)

many marshes within


haunted by those spore capsules seeds soft leaves over me un-re-born

your face approaches very closely stopping closely never known why

your breast is on my way at mid-life or mid-air or mid-pain
how much how long you move yourself this is the voice and the way

time should not be the dead end you taste at that age when you wish a different age
maybe earlier before those wars when you wish not be gone to a different age

a new medium location drama at the heart of a possible city
you don't remember the blood when everything is accidental and yet say chaos the truth the moment memorable for an un-re-born kid like me
keep saying it your head out of the window this is how you became the ferocious animal that may save art and art may save the veins of Spring

ansiedade venenosa das pedras


sempre no coração do construtor a realidade tem hálito verde

às vezes um segredo arranca a densidade da sombra dos pássaros

ou dos seios plenos e vazios de cintilante ausência de uma semente

Tudo é semente. Mesmo as cinzas as ondas as pedras do meio-dia

Ainda Nunca o círculo dos impulsos a trama do instante
como um primeiro beijo que desfaz uma certa geografia

a ansiedade venenosa das pedras na boca
última aragem de um rio entre as chamas

uma fúria fresca de montanha
falésia nua na fonte da força

Monday, April 11, 2011

a lady called truth


Every moment of it is exactly written Except.
some drops of rain or blood. darkening this instant.

I'm not afraid of the subject matter. I keep on the track beyond the reach of all foam. Salute. Before we perish. Touch this air and kiss that wing of Mine. Opening feebly before you and amid thunderous dances and and

both male and female the Hour created Godless names for centuries to come and go within your beauty my alcohol

then the voice. the glass. the wine. the flames suddenly kissingly
your new mouth and hips and candles. I will if You.

flutuações de água sobre as frases


uma floresta de nevoeiros na altitude de uma ferida cósmica
perder-me esta manhã no vermelho da floresta renasce-me desdobra-me a nascer

um furor de silêncios no caminho que vai de princípio para princípio
perder-me esta manhã nas escadas do silêncio renasce-me desdobra-me a nascer

recomeço a soletrar o sol nu sobre as frases de Nunca
flutuações de água sobre água sobre as letras os cabelos soltos
sou nenhum vento nenhuma pedra de uma Hora de barco que cresce quase dança

persigo a vibração no limite
entre cair e voar

Tuesday, April 5, 2011

il y a


Du mystère
il y a

y avoir quelque chose plutôt que rien

passe au mystère d’être personne
intériorité des choses où il y a sonne ré-sonne per-sonne
devient respiration et singularité
un chant nouveau qui engendre le chanteur.

(Les choses réalisent leur prosopopée conjointe.)

Monday, March 28, 2011

Rescrever a intensidade


Sempre-No-princípio.
Colocar os lábios no centro do teu segredo.
Beijar-te por dentro muito lentamente.
Compreendes a minha língua agora?

Hoje vou amar-Te
como uma força da natureza
como um vendaval abrupto ou uma chuva torrencial.

Hoje vou amar-Te
com minhas mandíbulas e minhas garras
com meus chifres e meus tentáculos.
Vou morder-Te e devorar-Te
com a feroz crueldade da minha Ternura Absoluta.

Hoje todos os animais selvagens os felinos os grandes mamíferos
os répteis venenosos todos os predadores implacáveis Te desejam e Te gritam e Te atacam de dentro do meu Amor Bruto.

Pensar em Ti é planear armadilhas e emboscadas perseguições transpiradas e aproximações rastejantes Tudo para que no Vértice do Instante compreendas que o universo inteiro Te ama de dentro da minha Violência Imaginária.

Todos os vulcões e sismos todas as catástrofes do espaço-tempo... Tudo é o amor caótico do universo a Buscar-Te e a Querer-Te até à exaustão da matéria no Nada...

Tudo através de mim o Haver-Ser-no-Limite

Debater-te-ás com a feroz ternura do meu Amor e ganharás sempre.

(Ao Omnipotente que não conheço peço anonimamente
um acréscimo constante da terna ferocidade
desta metamorfose incrível que é Amar-Te.)

Wednesday, March 23, 2011

carência de Origem


De um lado a espada
do outro a parede e eu no meio
contando-me a minha história muito mal contada


Se queres salvar-te não contes histórias.
Pois mesmo uma história bem contada não resolve nada.
Uma vida complica infinitamente
o narrador a narrativa a linguagem
os símbolos de carne e osso onde tudo arde.


Todas as crises começam pela impossibilidade corporal
de uma palavra ou de uma passagem
vitais.


Carência de Origem.
Perda de.

ondas de arder


Menina, virgem, me vim de minha Jerusalém para esta Babilónia, qual fosse então a causa dessa minha vinda, eram infinitas não sei dizer uma. Hoje, não lhe ponho outra Origem funda que o meu Desejo feroz de não morrer como nasci, menina, virgem. Desejo feroz de metamorfose foi, pois, o coração do meu coração.

Tudo arde sobre a pele e a pele sobre tudo.
Quase tudo o que arde cura.
Vou – à superfície de mim – onde nunca fui.
Voltarei por outro caminho.

Sunday, March 20, 2011

palavra de mulher


Esconde tempo na derme do poema. Talvez língua. Tua.

Desdobra os dedos no abdómen. Talvez alfabeto de abismo.

Também humidade incandescente na mão de mar lento. Tua.


(o teu silêncio põe rio. no leito da boca. somos aqui. o colapso de quando.
tanto. uma boca a dois. mais sós e nus. a hora fluida. Tua.)

Wednesday, March 16, 2011

regresso ao rio



a noite é uma linha entre os lábios e os lábios
nessa linha corre um rio um fio de água pelas espirais do espanto

a manhã volta sempre ao corpo circular que dorme e não dorme entre os lábios e os lábios

regresso de manhã ao rio onde nada rema tanto como os silêncios os vapores de silêncio e suspiro que lançam nevoeiro nas mãos e nos futuros

regresso ao coração da melhor fábula
regresso para compreender e descompreender os nevoeiros das mãos as durações dos lábios os meandros da Mulher suas espirais de Futuro seus rios de Transbordo
haverá sempre vertigens nas águas passadas e nos infinitos moinhos que não passam de passar
até que boca diga boca em vogais que dormem e não dormem sobre a praia ou o jardim da pele

regresso tanto
aproximo eternamente as primeiras questões e os primeiros incêndios
regresso ao sabor da pele para ler a língua
onde vêm compreender e descompreender as mãos que duram mais do que o rio e as águas passadas e os infinitos moinhos que se erguem de uma vertigem inflamável
a língua vai sempre às sílabas dos meandros

quase tudo sobe quando arde
regresso nevoeiro sobre a pele
nada de cinza na boca

Tuesday, March 15, 2011

anatomical discoveries


fears of vague hawks and desires

before plunging into the most complicated fruit

I could rebel for a passion and its multitude of fevers and liquids

why again the exhaustion of my crude powers
why the passage and the block
again
of powers and losses I know nothing