Monday, May 24, 2021

o tempo na fonte


diante da Fonte, a origem da sede

o deserto inteiro é o meu tempo cru e a minha carne crua: infinitos caminhos possíveis no Invisível

diante da Fonte, o enigma cintila como palavras que buscam os pulmões e os ventos e as ondas no ar, na desordem do ar que faz uma grande plenitude questionante: Onde vais semear a tua sede?
 
nasce o Curso das águas tocando longamente a pele do mundo na minha pele, comendo e bebendo o meu primeiro silêncio e o meu primeiro grito

no meio da pedra, corre o caos de Amar-Te, 
vem do Nada um cantar contínuo e um arder subjacente