Thursday, October 22, 2015

Vertical


Eyes 
climb trees and drink 
from other seven seas 
within your moon. 

The higher the larger the hotter, 
my hours 
off the new island 
where 
everything may spiral 
towards 
the purple idea of flowering 
beyond fear 

Tuesday, October 20, 2015

Bare chest desiring


You doubt. I desire.

Blue Desire blows White Rocks and bare feet
maybe hearts, mine and thine, yet to beat 

mineral mystery, many horses 
within bare chests

calling doubting revolving atmospheres. 

Kiss this square meter of ours
skin and mist over clay, mine and thine
yet to blossom 
under lips 
touching 
More than Absolute Rays  

Monday, October 19, 2015

Hour_Volcano

O Oceano vence o Pensamento dentro desta pedra, quase cinza, quase mulher, os cabelos... A espuma do Oceano desenha os afetos da chuva sobre os caminhantes. Somos a guitarra da minha mãe que atravessa o rio, com os ventos metálicos da urgência. Onde vamos tão novos? Pertencemos à Arte Elétrica da altitude. Somos os Futuros que dizem: o deserto é uma grande Alegria no corpo vibrante. Acredito em hipóteses de areia na língua, em línguas arenosas. Aquece tanto a tua Teoria na possibilidade do mundo. Acreditas em Outono no mundo original? Como vens beijar o interior do possível? Quando vamos nascer de outra água comum? ...Um poema faz o Evento mais inteiro.
Agora a língua vence o Oceano e os infinitos naufrágios mais do que futuro beijo. 
Adivinho as aves e as conchas onde há Saudade...     

Tuesday, October 13, 2015

Eros with Jazz

Eros plays warm jazz
with orange waterfall. Or so I hope.

how many hands are on approach from the rainy morning of drums 
your skin comes from a first Tongue of mine

Oriental touch, last night, maybe. going over events and paths, not yet.
the same woman, the same dress, the same posture.
closely, she flows and sings the opposite string of falling.
waiting for the keys where the infinite directions of one wind only
begins
Absolute
blowing
young flesh approaching Hope 



Sunday, October 11, 2015

Mulher = Poesia

sobre a Natalidade da Poesia e o Renascimento da Mulher-em-Versos


No princípio, era o espanto. Um animal inquieto, uma vida sem verbo.
Na primeira manhã do mundo e da vida sem verbo, somos o animal inquieto que encontra Algo, em vez de Nada. Acontece um nexo íntimo com ser
E assim começa a estória possíveis dos deuses tácteis, dentro do Espanto de nascer. Imagino os deuses a dizer Poesia sobre o Mundo. E aí o Mundo acontece como Poema que cresce dentro de cada corpo e de cada astro rumo ao Indefinido – táctil? possível?

No princípio, era absolutamente Espanto, o meu verbo sem nome, animal exclamativo e expectante de nexos de sentidos com ondulações de tempo
E o espanto procurava nomes com verbos para dizer a sua ondulação táctil pela exclamação originária. As palavras têm corpo de vento e quando sopram livres podem abrir tão fundo todos os ventos e todos os corpos que não sabemos quanto renascemos em cada palavra


E a vida de uma mulher refaz o Princípio, com suas órbitas de astros e nexos de corpos. Imagino os deuses a dizer Poesia sobre a Mulher 
E a Mulher acontece como Poema que cresce através da ondulação táctil dos nomes e dos verbos que sopram livres na boca do espanto, tão fundo que não sabemos se a Mulher é o Princípio natal do mundo ou o Poema da língua inteira que diz, exclamativa e expectante: Onde a flor da pele? Onde arde, pétala após pétala, a flor da pele? Onde sopra a Origem da Lua Nova? Onde se acende meu útero tão pleno tão vago? Onde dói o moinho do pão, da lágrima, da loucura, do êxtase? Onde toca o Indefinido na Boca? Que significa dizer, beijar, morder o Mundo no meu corpo? Fala a Mulher-em-Versos, desdobrando o corpo e seus nexos de sentido, desdobrando e tecendo a intimidade táctil com o mistério Indefinido de nascer e morrer sempre 

Faz sol e lua e sombra na mesma boca, 
sempre ardendo mais do que verbos