que a palavra seja a coisa, o acto, o próprio acontecer-Me
a elipse vibrante dos lábios que faz do ar uma deflagração
a palavra desde sempre e para sempre no círculo aberto
meia-noite-meio-dia
a palavra que faz princípio
muitos ecos de calar-se
digo-me o nome deste Outono quase a dobrar-me
ausente onda do álcool de Deus absorto aqui
digo-me que se repete tanto tudo nada fundo
primeira palavra depois de largo lamento
tanto calar-se discordo-me tardo-me longe
o nome exacto de morrer de sede agora
no meu meio-dia-meia-noite
sempre novamente
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