portanto, diz o céptico que o amor é uma estória ou uma cadeia caótica de malentendidos insolúveis
acrescenta ainda que descrê da estória quem conhece a matéria-prima das suas tramas irreais
falta ainda o céptico compreender-se a si próprio quando afirma e infirma a possibilidade da possibilidade
Creio e quero que seja logicamente necessário haver Possíveis
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portanto, diz o dogmático que o amor quando verdadeiro tudo ultrapassa, tudo vence, tudo compreende
acrescenta ainda que crê e que conhece a outra matéria-prima, a da verdade
o dogmático supõe compreender-se e raramente fala de possibilidade, sempre de certezas
Mas... o heterodoxo, entre o céptico e o dogmático, navega no mar da possibilidade.
O heterodoxo espanta-se perante a cadeia caótica de malentendidos e trabalha na possibilidade do solúvel; enfrenta tempestades e monstros marinhos; contempla e assimila; procura entender e não julga.
A possibilidade, acrescenta sem querer impor-se, reside no amor inclusivo; um amor que não exclui nenhum sujeito de seu corpo.
Complexo, incompreensivo para muitos, o amor do heterodoxo é Possibilidade
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