"…Attribuez à mon souffle trop court ce qui dans mon propos restera obscur ou froid. Mais retenez la comparaison – elle définit le Livre en tant que Livre c’est-à-dire en tant qu’inspiration…" (E. Lévinas)
Saturday, April 16, 2011
presença
as mãos tocam aqui o princípio - um plano do mundo para Haver
não acabam de começar sempre - há infinito na Origem e no Beijo
há o princípio a propulsão aqui - uma superfície abre as mãos absolutamente para os símbolos do Poema Futuro
Foi no verão que aprendeste, com dedos afeiçoados aos instrumentos da paciência, a entrar na noite. Medias então os dias com rigor de lábios, declinando o mel e a sua sabedoria. Sempre partilhaste a casa do amor, meu perdulário, na confluência das águas e da sede. E enquanto aguardavas a violência do silêncio, passavam aves.»
1 comment:
«À passagem das aves
Foi no verão que aprendeste, com dedos afeiçoados aos instrumentos da paciência, a entrar na noite. Medias então os dias com rigor de lábios, declinando o mel e a sua sabedoria. Sempre partilhaste a casa do amor, meu perdulário, na confluência das águas e da sede. E enquanto aguardavas a violência do silêncio, passavam aves.»
Eugénio de Andrade, Memória doutro Rio
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