Monday, October 25, 2010

mulher



Subitamente o vazio da cadeira atravessou a mulher que esperava outro universo onde pudesse sentar-se um instante e partir... com ninguém... muito quente nas margens...
um luar de sempre batia como passos pelo mistério rochoso de um amor que desenhava montanhas... cada manhã é outro lugar para os lábios que plantam árvores que cairão no mesmo dia... pergunto-me: Onde cairei? em que rio ou rosa ou laço? com que corpo, se o meu já não é inteiro?
com corpo nenhum. cairei melhor. apenas um vento que vou escrever no tecido de um órgão vital

1 comment:

Unknown said...

Sombra preguiçosa no lento fastio da tarde. Que ao crepúsculo se levanta da escuridão...