Thursday, November 21, 2019

Sinal de Sol


há sempre uma montanha no meu horizonte

imagino sempre um Sinal no Sol para acalmar a minha Dúvida que vem de Longe

desde a primeira sensação de desequilíbrio 

uma Flecha de Luz desce a montanha em mim
explicando a diagonal do Amor-mais-inseguro
um terror de Infância desce sempre Aqui

Quem lança A Flecha de Luz que origina Outra queimadura de Amor-mais-sábio?
A minha Alma pergunta ao Corpo a Hora da Ponte das Flechas.
É a Hora exata do Equador do Sol. 
Não compreendo. Ainda o Vácuo de Tactear.

Quantas Horas nossas são agora 
no Equador do Sol?

Quantos passos nossos mede agora a Ponte?


Quantos corpos nossos duram agora
na Diagonal dos Desejos
no Equador do Sol?

Quantas mãos nossas seriam capazes de mergulhar no Equador Genital do Sol e acenar para Além-Deus?

Quantos peitos nossos poderiam nutrir o Vento de uma Urgência de Travessia?
Quantos peitos nossos poderiam agora
unir-se na mesma Respiração?

Quantos peitos nossos salvariam o Mundo no Fim do Vento?

Quantos peitos nossos fariam outra Lua Nova numa natação obscura numa febre submarina 
em torno desse outro Dilúvio de Sol 
tão corporal tão sanguíneo tão rochoso tão vertical tão penetrante 
desvendando agora Angústia do Êxtase?  


sinto sempre a ondulação livre da montanha 


sinto a Parábola da Flecha a visar o Peito
sinto a Parábola do Infinito
o Perigo Infinito da Flecha e do Ar Aberto
no meu Desejo-de-Ir-Contigo 

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