Tuesday, May 12, 2020

Sobre o medo da lágrima




Sobre o medo da lágrima

uma gaivota é uma metáfora de outra Alteração
e cada símbolo gera outro símbolo... a vida embarca em símbolos…
a vida escreve  desenha  esculpe  símbolos à flor da pele

os símbolos noturnamente trabalham sobre o medo

na espiral dos sonhos
a arte dos símbolos e a arte dos sonhos
 devastam o caminho

surge  o afeto  o motor do afeto e seu ruído
 sem Fala
vozes de animais dentro de animais
a devastação confusa da lágrima
Alteração de Ritmo e de Espaço

Corpo-a-Corpo  desejando Onde Porquê o Desejante caminho
perseguindo a desejada perseguição
dando a vida nua ao Mar
de gaivota em gaivota...
o Amor descobre as falésias Onde Porquê o Desejante
o caminho sobe Corpo-a-Corpo até Onde 
escorre o espaço  a Desordem das forças sem Fala
os laços à flor da pele projetam uma Fonte na Hora Inflamável
a aflição da lágrima respira ofegante ao Meio-Dia
o persistente Dom-da-Vida agita-se nos seios

outro fogo florestal cerca a casa  sopra outro vento nas copas

não tenho medo da lágrima... chorar abre a respiração…
a lágrima lava os olhos e os textos... Tudo mais iluminado...
o medo de florir. o medo de demolir. o medo de abrir. 
o medo de partir. o medo de ferir.
todos os medos soltam as âncoras 
na fome de encontrar-Me
escorrem Aqui na Desordem dos laços 
à flor da pele

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