em redor do corpo dança o fogo. seus ciclos eólicos de unir.
minhas mãos mudas desejariam muito esse fim líquido como se fossem uma língua de areia e nada. desejariam muito meus olhos paralíticos a ciência, o método, a arte da melodia que flui com duas vogais dolorosas em busca de um instante. um instante somente seria tudo. navegar pelo fogo. é aí que as alianças dos lábios se fazem e desfazem.
careço de subir e descer ao ritmo certo dos sóis possíveis, oscilando para o mais-do-que-sol.
tenho também grandes feridas subcutâneas que crescem de noite e que dormem somente com carícias de luz
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