Wednesday, July 28, 2010

Mais mais aves


As aves mais bebem mais mais aqui o excessivo desejo de Desejo

Há sinais tácteis Onde Quando a pele nunca esquece

As aves chegaram para nidificar. Absolutamente.
À flor e no fundo da pele de muitos estratos como textos sempre novos sobre outros textos sempre novos de tantas aves a beber a chegar à pele que nunca esquece Onde Quando.

A memória repete repete sinais tácteis intocáveis. Plenamente intocáveis.

A origem regressa, por fim. Regressa ao corpo como uma certeza que se tinha perdido entre o Outono e o Inverno nas minhas veias mais marítimas
Regressa, por fim, a origem ao corpo Onde Quando as borboletas agridoces - que dançam e mordem - se apagam por dentro do fim da queda das pétalas da rosa mais aves mais sinais de Oriente.

O regresso é uma rotação inexacta como a ideia de infinito que me pensa sem linguagem
é uma elipse entre o vazio que desce e a chama que sobe
A origem toca na língua como sal muito nu. Absolutamente nu.
Mais do que aves à flor e no fundo da tua pele Onde.

O sal da origem é a nudez que me altera o sabor de ser eu o futuro
uns olhos soltos de uma história que bebe bebe todo o eu potável
bebe o desejo de Desejo com a sua gramática de animais selvagens
possibilidade de uma história, por fim, abrindo o centro

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