Saturday, March 23, 2013

jardim de arder de arder

somos o sonho voraz de morrer no vértice dos lábios ___  um pássaro na melodia escarlate: Eu Amo Tu. Vem ao húmus do beijo dançar e estremecer. poesia transpira e perfura minha Mulher Nua. no alfabeto selvagem da alegria que clama no deserto : somos a areia e os peixes voadores através do sangue Amante. Escreve-me teu Nome aqui na pele em ruínas. . .

há um segredo neste combate corpo-a-corpo contra o Fogo __ dói-me a brisa do texto quebrado __ teus ramos rangem na montanha vulcânica dos sonhos contínuos de tanta boca ferida : ou na fronteira entre beijar e morder __ as águas sobem e descem na ondulação íntima __ o poema demora no suspiro arruinando a língua, a boca, para perder de: : :  Mulher sangrando em mim __ na ondulação do teu silêncio e do teu grito, subindo e descendo, contrários e penetrantes ___

__ Nasço dispersa, mordendo a hora, desnudando a hora, de todos os véus até ser só fogo de pétalas, mulher nua sobre a nudez de Kaos __ o Cântico Maior arde no Jardim do corpo amante que transporta pássaros para mais Alegria do que Vertigem e do que Corpo capaz de vertigem. 

choram muitas arpas no meu beijo náufrago de ignorar o abismo onde morrer transbordante o corpo Amante e o Nome que treme na raiz do suspiro.

somos a fulgurante Rosa de Nunca, a Rosa fervente de Jamais-Contente que fere fundo à flor da pele!

Ardemos inteiros e definitivos, sem fumo nem cinza, quando ardem fúria e carícia aqui na insónia de Amar. Urgência abissal de perder os sentidos com outra Violência de sentidos.
 quando toda a Vida é Relâmpago e Cântico Maior do que Ser. __ talvez ferida abrindo os contrários sentidos. . .  
um instante fulgurante de relâmpago. . .  se soubesse da noite o canal imediato para a Metamorfose em Beijo. se pudesse somente sem saber porquê __
lágrimas de êxtase e nada, meio-dia-meia-noite, cegando infinitos véus infinitamente desnudando os seios do teu jardim





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