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Cada corpo tem o seu sol no seu centro.
Pelo sol fala o princípio do mundo em cada corpo.
Eu porém procuro a árvore por onde subir ao sol e ao meu corpo. Hoje aprendo a cair. Um dia ou uma noite aprenderei a levantar-me. Mais tarde aprenderei a ser árvore e a subir por mim até ao sol. Talvez compreenda que a sombra do meu corpo possa apagar o seu centro de sol. E que de sombra em sombra se apaga também o princípio e se chega àquele silêncio do zénite onde ver é cegar-se. As pálpebras sofrerão a contra-luz. Tudo pára no desejo de desejar. Vem de nada, vai para nada. Entretanto, movemo-nos, incapazes de repouso. Incapazes.
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