o sonho bate duas sílabas no ar. de que palavra ou vertigem? vê como bate como desmaia como sustém a palavra quebrada. aqui bate a asa no azul, contra os nós de azul no Inteiro, grávido de fumo e frutos de fumo e noites de frutos de fumo. esquecemos desvelar a frase no centro das duas sílabas que dobram o mundo, o vazio do mundo, o eco do vazio do mundo. entre nós, num abraço de naufrágio. uma ideia de naufragar numa espiral que se apaga na frase nocturna que não vem. dobrámos a terra da tempestade e somos tudo o que as luas inventam, entre azul e púrpura. ligamos as veias para aprender e esquecer os caminhos onde a alma é toda de corpo e espuma. as veias no limiar de outra matéria capaz de morder absolutamente outra boca. somos aqui no princípio. a curva do espaço onde a elipse nos reúne para nascer outro sol, descentrando a órbita de Amar sobre Devir.
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